Beaujolais é uma região da França, na extremidade sul da Borgonha, que produz um vinho tinto mundialmente famoso feito com uvas Gamay. Em razão de seu método de produção o Beaujolais deve ser apreciado jovem, de modo a aproveitar todos os seus sabores. Existem três tipos de beaujolais, mas o que alcançou grande sucesso de marketing é o mais básico deles, o Beaujolais Nouweau. Tradicionalmente esse vinho é lançado simultaneamente na França e no mundo todo, sempre na terceira quinta-feira de novembro e deve ser tomado em até mais ou menos 10 meses.
Em dezembro, eu e minha esposa degustamos pela primeira vez um autêntico Beaujolais Nouweau 2016, produzido por Joseph Drouhin, que adquiri no “Verdurão”, em Adamantina.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Como recomendado, deixei o vinho refrescar a 12º. Ao abrir a garrafa, a primeira impressão foi muito boa, pois apresentou nariz forte, com notas destacadas de banana e caramelo. Uma cor incrivelmente linda, vermelho cereja translúcido, semelhante a cor de xarope de groselha, com lágrimas finas. Na boca, muito fresco, corpo leve, porém, observei que ainda estava um pouco adstringente. Talvez, mais um tempo na garrafa, contribua para sua melhora. Álcool equilibrado e baixa acidez. Muita fruta na boca com final longo. Apesar da grande fama, o produtor Joseph Drouhin é muito festejado, esperava um pouco mais do vinho. Minha esposa gostou muito.
A harmonização com carpaccio de salmão funcionou bem levando-se em conta o frescor do vinho.
Enfim, valeu pela experiência de experimentar um Beaujolais pela primeira vez, mas da próxima, deixarei o vinho “envelhecer” (vejam o paradoxo) um pouco mais na garrafa.
Publicado originalmente em 3 de dezembro de 2016 em facebook.com/blogsantovinho