O legado do ex-vereador José Ikeda

Alcio Roberto Ikeda Júnior, é neto de Ikeda. Diz sentir orgulho do avó por tudo que representa para a família.

José Ikeda (Foto: Arquivo Pessoal/Cedida)

Um acidente automobilístico em 7 de novembro de 1979 impediu que José Ikeda, então vereador, com 45 anos de idade, pudesse terminar seu mandato no Legislativo Adamantinense. Segundo se apurou na época, Ikeda retornava de Lucélia com destino a Adamantina pela Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros, quando o veículo que ele dirigia colidiu contra um caminhão. Além do vereador, outras dois adamantinenses que estavam no veículo também morreram.  A tragédia aconteceu a poucas semanas da formatura dele na faculdade de Ciências Contábeis.

José Ikeda foi um dos grandes políticos locais e leito pelo Partido Arena, com 742 votos para a 8ª legislatura (de 1977 a 1982). Foi servidor municipal, trabalhava no Setor de Tributação da prefeitura. Segundo a família, deixou para traz o sonho de construir um estádio municipal de grande porte, além de iluminar o trecho da vicinal que ligava Adamantina a Lucélia.

É lembrado até os dias de hoje por ter sido um dos poucos representantes da colônia japonesa no Legislativo. O plenário da Câmara Municipal recebeu o nome de José Ikeda, por ter sido um cidadão digno de figurar entre os que fizeram diferença na História de Adamantina. Se estivesse vivo o ex-vereador completaria 81 anos em 2015.

José Ikeda foi eleito pelo Partido Arena, com 742 votos para a 8ª legislatura (de 1977 a 1982). (Foto: Arquivo Pessoal da Família/Cedida)
José Ikeda foi eleito pelo Partido Arena, com 742 votos para a 8ª legislatura (de 1977 a 1982). (Foto: Arquivo Pessoal da Família/Cedida)

Passados mais de 30 anos da morte de Ikeda, o legado está se perpetuando. Alcio Roberto Ikeda Júnior, de 22 anos, é neto de José Ikeda. Cursa o terceiro ano do curso de Direito na FAI. O jovem Ikeda, busca diariamente na figura do avô a referência para a construção de um objetivo de vida.

“Não tive a oportunidade de conhecer meu avô. Quando ele partiu não tinha nem nascido. As referencias que tenho dele, são as que ouvi da minha família e das pessoas que conviveram com ele. Levar o sobrenome Ikeda é motivo de muito orgulho. Meu avô foi um grande homem: era prestativo e sempre foi um grande exemplo de cidadão. Eu não meço esforços para honrar sua memória”, diz o jovem.

Deixou o trabalho na área de prótese dentária para atuar no setor público. Desde 2013 é chefe da divisão de serviços da prefeitura, responsável pelo Almoxarifado Municipal. Os mais próximos dizem que Alcio herdou do avô o legado de servir a coletividade. “Meu avô era um homem sério, não se preocupava com interesses particulares e sempre pensava na coletividade. Acredito que herdei estas qualidades dele sim” afirma.

Alcio sente prazer em trabalhar na área pública, mas afirma que ainda está em fase de adaptação. “O setor público é muito burocrático. Nem tudo acontece no tempo que desejamos. Muito cidadão liga no meu setor bravo e neste momento preciso ter calma, ser educado e carinhoso ao atender os anseios dele. Enfim, sei que devo fazer o máximo para atender cada vez melhor visando o bem da população”, relata.

Questionado se no futuro pretende seguir os passos do avô, Alcio é enfático: “Deixo o meu futuro fluir naturalmente. Procuro viver o agora. E o agora é estudar e terminar a faculdade. Deixo nas mãos de Deus aquilo que deve acontecer. Com o tempo vou saber o que é melhor para minha vida”, afirma.

Alcio afirma que no dia a dia se inspira na figura e exemplo do avô. “Tento fazer igual ou melhor tudo aquilo que ele fez. Eu sinto muito orgulho de tudo aquilo que ele foi e representa para toda nossa família”, encerra.

Com orgulho, o jovem Ikeda carrega nas veias o sangue forte do avô e levará consigo para sempre, além de seu sobrenome, seus sonhos e seus mais altivos ideais políticos.

Alcio Roberto Ikeda Júnior, 22 anos, é neto de Ikeda. Diz que sente orgulho do avó por tudo que representa para a família. (Foto: Rogério Pires/Grupo Impacto)
Alcio Roberto Ikeda Júnior, 22 anos, é neto de Ikeda. Diz que sente orgulho do avó por tudo que representa para a família. (Foto: Rogério Pires/Grupo Impacto)

 

 

FONTEPor ROGÉRIO PIRES | Grupo Impacto
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