A maneira de buscar informações e se comunicar mudou completamente no que chamamos de era digital. Como consequência o comportamento, sobretudo dos mais jovens, que estão mais próximos dessa realidade, mudou também, é o que afirma a psicóloga e psicoterapeuta Sônia Maria Bachega, que atualmente atende em Adamantina.
Segundo Sônia, a facilidade do acesso a informações através da internet pelo celular aumentou o tempo que as pessoas passam conectadas, e estar ‘atualizado’ é o fator que mais atraem os jovens. Mas, como saber se a pessoa já virou um dependente do telefone móvel?
De acordo com a psicóloga existem pontos que identificam se o jovem está viciado no aparelho. “Se o adolescente perceber ou até mesmo os pais veem que o jovem perde o tempo no celular do que em contato físico, se atualiza o status das redes sociais mais de duas vezes por dia, se gasta mais dinheiro com entretenimentos no aparelho ou ainda, se o jovem se sente deprimido na maior parte do tempo, são fortes indícios de que o adolescente esteja viciado no aparelho móvel”, explica.
Segundo uma pesquisa realizada com jovens brasileiros, nos dias de hoje, encontrar um adolescente que não tenha um celular é tão improvável quanto achar um menino de 13 anos que seja fã de ópera, ou uma menina de 15 que não se preocupe com a aparência.
De acordo com a pesquisa, nenhum grupo incorporou tão rapidamente a tecnologia à sua rotina quanto os jovens de 12 a 19 anos. Nos últimos anos, cientistas estudaram minuciosamente adolescentes e pais durante entrevistas, e foi possível mapear o ‘comportamento telefônico’ dos grupos.
Os pesquisadores constataram que os celulares mudaram a vida dos adolescentes sob vários aspectos. Um exemplo disso foi na organização do dia. Assim como para os adultos, o celular ajuda os adolescentes a manter o controle da sua vida, como informar os pais de que estão saindo da aula, avisar sobre seus planos para a tarde, marcar atividades.
Familia
O uso do celular também mudou o relacionamento familiar e despertou controvérsias. Por um lado, existem questões bem práticas a ser relevadas, como o valor da conta no final do mês e a sensação que os adultos têm de não entender muito bem a necessidade dos filhos de usar tanto esses aparelhos. Por outro, o celular interfere na estrutura de poder entre pais e filhos.
Segundo a psicóloga Sônia, na puberdade, o desejo parental de controle e a necessidade de liberdade dos adolescentes entram inevitavelmente em conflito. Isso acontece em todas as gerações – o celular, porém, modificou a forma como esses impasses são resolvidos.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Quais as consequências?
Segundo a psicóloga, o telefone móvel pode ter outras graves consequências para os jovens. Como ocorre com toda nova tecnologia. “A adolescência em si já e um risco para a dependência, principalmente quando o jovem não tem uma vida social satisfatória nem apoio familiar. Quando ha o mau uso do aparelho o jovem passa muitas horas conectados a noite principalmente perdendo sono, ficando indisposto no dia seguinte atrapalhando assim seu rendimento escolar”, explica.
E o comportamento
dos Pais?
“Primeiramente os pais devem colocar limites, restringindo horário de uso. Acredito que a tecnologia não e a causadora da dependência, o adolescente já pode apresentar um problema de ordem afetiva. Para ter uma relação saudável com os aparelhos eletrônicos e preciso manter satisfações fora da internet como praticar esportes, cultivar amigos e conviver bem com a família o proposito das tecnologias de comunicação deve ser o facilitador com outras pessoas, completando as relações já existentes”, diz Sônia.
Atenção
A psicóloga ainda encerra com um alerta, caso os pais não consigam controlar este vicio o indicado e buscar a ajuda de um psicoterapeuta, profissional da área.