Na 11ª rodada de entrevistas com as principais lideranças políticas de Adamantina, o IMPACTO entrevista o presidente municipal do diretório do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), que expôs as metas da legenda para as Eleições Municipais de 2016. Antônio Bazzo esteve na redação do IMPACTO onde concedeu entrevista.
Antônio Bazzo é filiado ao PTB desde 2004. A vocação nata pelos bastidores e formação de grupo políticos teve início na juventude. Iniciou na vida política no ano de 1968 onde foi diretamente envolvido numa campanha eleitoral pela primeira vez, onde trabalhou como motorista de caminhão para o candidato Hélio Micheloni. Bazzo conta que ficou afastado da polícia no período do militarismo, onde as atividades políticas estavam restritas a dois pequenos grupos o ARENA e o MDB. Recorda que no início final deste período novamente envolvido pelos amigos e filiou-se e o antigo MDB, no ano de 1976. Teve uma participação mais ativa no processo eleitoral no ano de 1979. Em 1982, participou do grupo que elegeu o candidato Sérgio Seixas para a prefeitura de Adamantina. Bazzo também teve uma forte participação na construção do PL em Adamantina, em 1988. No ano de 1993, encabeçou a equipe que criou o PV local. Por falta de pessoas, além de presidir o partido por várias gestões, foi coordenador regional do partido de Garça à Panorama.
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Nas eleições do ano 2000, Bazzo decidiu sair dos bastidores e tentar uma cadeira no Legislativo, mas não conseguiu se eleger. Foi a primeira e única experiência, onde obteve neste pleito 374 votos. “Foi uma grande experiência, mas jamais me daria bem dentro da Câmara, pois, as sessões me tiram do sério, mexem com meu humor e minha imagem ficaria bem ruim”, afirma. Toninho Bazzo ficou no PV até o ano de 2004 quando se filiou ao PTB onde está até hoje, como presidente do diretório municipal.
Nas eleições de 2012, o PTB fez parte do grupo ‘Adamantina na Liderança’, em prol a candidatura de Ivo Santos (PSDB) que foi eleito prefeito. A coligação recebeu 42,64% dos votos válidos.
Movimentação do partido
As lideranças municipais que compõem o PTB tem se mobilizado para conquistar novas filiações e encorpar o partido para as Eleições de 2016. “Infelizmente a grande maioria das pessoas não gosta de política, e nem de se filiarem a algum partido. Temos cerca de 260 filiados e nossa meta é aumentar este número e lançar um grupo forte de vereadores para esquentar as disputas. Acredito que pelo menos dois vereadores nosso grupo conseguirá eleger tranquilamente”, afirma
Bazzo afirma que o PTB vai entrar na disputa à prefeitura no ano que vem. “Nosso partido é um dos mais antigos do país e liderado pelo nosso presidente Campos Machado, voltaremos ao protagonismo dos pleitos eleitorais como antigamente. Sempre briguei por isso, afinal, não compensa ter um partido para ficar apoiando outros”, destaca.
O pré-candidato do PTB à prefeitura de Adamantina é o professor da FAI Sérgio Genaro, que ratificou a intenção de sair candidato. “O Genaro pediu um tempo para pensar, conversar com a família e retornou afirmando que irá encabeçar a disputa para a prefeitura. Isso demonstra maturidade do nosso candidato. Com relação a movimentação do PTB, já houve algumas reuniões informais e a partir de agora vamos intensificar ainda mais nossos encontros”, relata. Bazzo destaca que o pré-candidato do PTB está se preparando para o pleito. “Nosso pré-candidato está fazendo um curso de gestão pública para aprender mais sobre a área. Está preocupado em melhorar e se tornar um bom administrador. Recentemente foi á Brasília com o objetivo de fazer contatos políticos, pensando num projeto futuro relacionado a FAI”, afirma Bazzo.
Cenário político municipal
Quanto à avaliação do atual cenário político municipal, Antonio Bazzo evitou fazer críticas contundentes a Administração Municipal, do qual o PTB ajudou a eleger. Afirmou que o PTB não se arrependeu de apoiar a candidatura de Ivo Santos, mas que particularmente esperava mais do atual prefeito. “Não existe arrependimento, porque foi um consenso do grupo. Por ideologia, não apoiaríamos os outros candidatos que disputavam o pleito, decidimos pelo Ivo porque víamos uma chance de mudança. Mas, confesso que estou desapontado com a administração dele”, afirma.
O presidente do PTB faz uma análise da atual conjuntura política local. “Hoje existem duas forças políticas incontestáveis em Adamantina. Uma sob liderança do ex-prefeito Kiko Michelone (DEM, PPS) e outra conduzida pelo atual prefeito (PSDB e PMDB). A atuação dos outros partidos ainda é indefinida. Já estamos conversando com todos para uma futura coligação”, afirma.
Bazzo analisa ainda que o próximo pleito não será diferente do anterior. “Penso que os mesmos grupos irão se unir. Por exemplo, quem está do lado do prefeito irá ficar do lado de lá e quem está do lado de cá, permanecerá. Os partidos novos novos e os menores ainda estão se reestruturando e não sei que rumo irão tomar. Faltam menos de 60 dias para conhecermos quem irá apoiar quem” analisa.
Com relação a um possível apoio a reeleição do prefeito Ivo, Bazzo é categórico. “Sou contra a reeleição. Jamais apoiaria a continuidade de um grupo”, afirma.
Bazzo revelou que o PTB virá ‘com tudo’ no próximo pleito. “O caminho a ser percorrido será longo. Nossa campanha deverá ser marcada pela criatividade, pois, somente teremos caixa para o mínimo de investimento. Apesar disso, se preciso for agiremos com agressividade. Quem irá decidir nossa postura será o eleitor, afinal, o eleitorado quer ver ação e não marasmo, contudo devemos caminhar com cautela para não prejudicar nosso candidato fora de hora”, afirma.
O presidente do PTB encerra a entrevista pedindo que os eleitores mantenham a esperança. “É hora de esquecer as desilusões e focar na esperança. Analise bem seu candidato, veja com quem ele anda e qual o discurso que utiliza no dia-a-dia. Pesquise a vida e as atitudes do candidato antes de votar e isso irá se traduzir de forma positiva para as próximas eleições. É neste momento que o eleitor tem o poder de mudar sua cidade”, concluí.
