Está marcado para a próxima sexta-feira (21), às 9h, no Fórum de Osvaldo Cruz, a sessão do tribunal de júri em que serão levados a julgamento os réus confessos José Barbosa da Silva Filho e José Luís Francisco de Almeida, acusados de assassrir o casal Daniel Molina Pozeti, na época com 21 anos, e Larissa Rossi Auresco, com 21, ambos de Adamantina.
O casal foi assassinado no dia 28 de dezembro de 2013, na fazenda do pai de Daniel, em Parapuã. A Policia Civil iniciou imediatamente as investigações e no dia 31 de dezembro daquele ano chegou aos dois suspeitos, que foram presos, e acabaram confessando o crime.
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Os acusados o caseiro José Barbosa da Silva Filho, de 51 anos, e o lavrador José Luiz Francisco de Almeida, de 33 anos, serão levados a júri popular, onde o Ministério Público pretende obter a condenação de ambos por homicídio qualificado.
O crime
De acordo com a polícia, no dia anterior ao crime, os dois acusados bebiam em um bar, quando por volta da meia-noite se encaminharam até o sítio onde vivia o casal.
Com o pretexto de que uma vaca da propriedade rural teria escapado pelo cercado, chamaram primeiramente Daniel para ajudar no transporte do animal de volta ao pasto. Um dos presos estava escondido e surpreendeu o rapaz, que foi espancado com uma pedra e faleceu, ainda conforme a polícia.
A dupla voltou até a casa para chamar Larissa, alegando que o namorado tinha pedido ajuda para recuperar a vaca. A polícia acredita que, no meio do caminho, a jovem desconfiou dos detidos e entrou em luta corporal, até porque foram encontrados fios de cabelo espalhados pelo local. Ela também foi golpeada com uma pedra na cabeça e morreu.
Como os corpos estavam a menos de 100 metros da fazenda, os dois acusados voltaram até a casa, entraram no carro do casal e tiraram alguns pertences como tablets e notebooks. Eles colocaram os corpos na carroceria e seguiram pela vicinal. Segundo a polícia, a dupla lançou alguns itens pela estrada, como a bolsa de Larissa, a fim de diminuir as suspeitas e despistar as investigações.
A previsão não era parar no lixão de Parapuã. Isso ocorreu porque a gasolina do veículo acabou, informou a polícia. Eles retiraram os corpos e colocaram a pouco mais de 20 metros do carro, posicionados como se o casal estivesse abraçado. Com galhos e combustível trazidos da própria fazenda, eles queimaram os corpos.
Ainda de acordo com a polícia, só foi possível chegar até os suspeitos porque foram encontrados uma carteira de cigarros e um boné nas proximidades. Os itens eram tradicionalmente usados por um dos suspeitos.