Com a alta no desemprego, a fila de pessoas que buscam por uma oportunidade de trabalho está cada vez maior no Brasil. Segundo dados do Ministério do Trabalho, o Brasil fechou 157.905 vagas formais de trabalho no mês passado, pior resultado para julho da série histórica iniciada em 1992.
A taxa de desemprego no Brasil atingiu 8,3 por cento no segundo trimestre deste ano. No período entre abril-junho, o número de pessoas desocupadas chegou aos 8,4 milhões, maior patamar da série histórica iniciada em 2012, com forte crescimento da população em busca de uma colocação diante do cenário de economia em contração e inflação elevada. Os dados são da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) e foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os resultados reforçam a deterioração do mercado de trabalho observada desde o início do ano, num ambiente de profunda fraqueza econômica e baixa confiança. Aos fatores econômicos, soma-se a grave crise política, que vem gerado insegurança entre consumidores e empresas. Dados divulgados na semana passada apontam que a trajetória do mercado de trabalho não deve melhorar tão cedo.

A psicóloga adamantinense Larissa Barbosa de Oliveira, 25 anos, e conta que está desempregada há seis meses. Trabalhava na Central de Saúde e Perícias Médicas, órgão vinculado a Fundação Faculdade de Medicina que prestava serviços em Adamantina através da Secretaria Municipal de Educação. “Não tenho perspectiva até o momento. O mais complicado em buscar uma colocação no mercado de trabalho é que as empresas exigem experiência, e muitas vezes, não temos. Para conseguir emprego por aqui, ou é por concurso ou contrato”, relata Larissa.
Levantamento Caged
O Ministério do Trabalho e Emprego divulgou a pesquisa do mês de julho, referente ao Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que representa a posição dos municípios em relação aos números de admissões e demissões no mercado de trabalho. Segundo dados oficiais, Adamantina registrou o fechamento de 226 postos de trabalho em julho deste ano.
Fechamento de postos de trabalho
A maior perda de vagas na cidade foi do setor de serviços, com 83 postos fechados. O comércio foi a segunda maior queda, com 81 empregos a menos. Em seguida, o setor de indústria de transformação registrou 35 desligamentos, seguido pelo setor agropecuário com 14 postos a menos na cidade. Já a construção civil teve o fechamento de 7 postos de trabalho em julho, enquanto a administração pública fechou 5 postos e serviços industriais e utilidade pública 1.
Contratações
O setor que mais contratou no mês passado de acordo com o levantamento do Caged foi o de serviços. Foram abertos 106 postos de trabalho, segundo o Ministério do Trabalho. O comércio contratou 92 trabalhadores e a indústria de transformação, por sua vez, contratou 46 trabalhadores com carteira assinada em fevereiro. Já o setor agropecuário contratou 10, a construção civil abriu 5 novas vagas e serviços industriais e utilidade pública e administração pública abriu 1 posto de trabalho cada.
Ranking estadual
No ranking estadual que mostra a evolução do emprego formal em municípios com mais de 10.000 habitantes referente ao mês de julho, Adamantina está na 59ª posição. Foram abertos 261 novos postos de trabalho na cidade e 226 demissões no período; saldo positivo de 35 empregos. Adamantina está à frente de Prudente (320ª), Dracena (233ª), Osvaldo Cruz (242ª), Lucélia (176ª) e Parapuã (64ª). No mês de junho a ‘Cidade Joia’ ocupava a 147ª colocação no ranking do Caged.