Os números são assustadores: o trânsito mata cerca de 1,3 milhão de pessoas a cada ano no mundo. O trânsito é a segunda causa de morte entre jovens de 18 a 24 anos no Brasil, atrás apenas dos homicídios. No geral, em 2009, o Brasil ocupava o quarto lugar no ranking de acidentes de transporte terrestre na região do Mercosul. Em 2015, está na segunda colocação. A taxa de mortalidade, que era de 18,3 mortes por cem mil habitantes, subiu para 22,5 mortes no mesmo grupo.
Os principais assassinos no trânsito são fáceis de identificar: vias mal projetadas; bebida e direção aliadas ao excesso de velocidade; a falta do uso de cinto de segurança e de capacetes, e, sobretudo, a ausência e inércia do Poder Público. Não podemos deixar de considerar que um programa sério de segurança no trânsito passa evidentemente pela melhoria na formação dos condutores, na mudança de comportamentos e de atitudes dos mesmos, mas é inegável também que as autoridades públicas encarem o trânsito como problema sério a ser resolvido.
No decorrer desta semana, comemoraremos a Semana Nacional do Trânsito, cujo tema eleito pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) é: “Seja você a mudança no trânsito”. A pergunta que não quer calar é: será que conseguiremos efetivamente mudar atitudes e comportamentos no trânsito?
Necessitamos urgentemente de estratégias de mobilização e fiscalização. Precisamente também mudar o comportamento de pedestres e motoristas, mas acima de tudo, para que alcancemos a redução dos acidentes de trânsito é fundamental que isso se torne uma prioridade dos governos de todas as esferas.