Moradores do Parque do Sol não estão satisfeitos com a situação que se encontra o bairro. São várias as reclamações, como ruas cheias de buracos, falta de manutenção em ponto de ônibus e, principalmente em relação ao Centro Comunitário, que está finalizado desde agosto de 2014, mas até o momento não pode ser utilizado.

O presidente do bairro Valter Gosso explica que foram várias as tentativas da prefeitura em inaugurar o espaço social, mas a Associação de Moradores não permitiu até que as melhorias sejam efetuadas. “O Centro Comunitário não pode ser utilizado devido não possuir o AVCB [Alvará de Vistoria do Corpo dos Bombeiros]. A prefeitura precisa realizar a troca das portas, já que nas atuais não são possíveis instalar barras antipático, colocar os extintores de incêndio, entre outros pontos que precisam ser arrumados para se conseguir a vistoria”, explica.
Além disso, o representante do bairro cobra a construção de calçada no local. “O mato toma conta da frente do Centro Comunitário. Precisamos de calçamento para oferecer mais comodidade à população que espera desde a administração do Kiko para utilizar o local”, afirma.
Enquanto o espaço não é utilizado, carcaças de veículos estão estacionadas em frente ao Centro Comunitário, dividindo espaço com o matagal. “Foram destinados mais de R$ 300 mil para construção, mas chegaram a devolver recursos por não utilizar. E agora alegam que falta dinheiro para realizar essas melhorias”, contesta.
O presidente do bairro busca ainda R$ 150 mil para construção de campo de malha, instalação de alambrados no campo de futebol e colocação de parque infantil. “Trabalhamos para oferecer um local com infraestrutura completa para os moradores, já que é um bairro afastado”.

Outras melhorias
Gosso reivindica também o recapeamento das ruas do Parque do Sol que estão tomadas por buracos. “Não conseguimos andar pelo bairro sem cair pelas crateras que se multiplicam. E a tendência é piorar com a instalação de empresas, já que os caminhões pesados passarão com mais frequência”.
Ainda, o presidente da Associação dos Moradores solicita melhorias em ponto de ônibus instalado a beira da SP-294 (rodovia Comandante João Ribeiro de Barros), utilizado por trabalhadores da usina sucroalcooleira. “Para ter uma ideia, além de estar sem nenhuma condição de uso, chove mais dentro do que fora. Não tem como se proteger”, cobra Gosso.
Prefeitura
Procurada pelo IMPACTO, a Prefeitura de Adamantina informou que neste momento, cabe à prefeitura apenas fornecer mão de obra para que os representantes do Centro Comunitário efetuem as obras necessárias primeiro para receber o AVCB e depois o alvará de funcionamento. “Entre os problemas encontrados estão alguns de infraestrutura e acessibilidade. A prefeitura dará todo o apoio necessário a Associação de Moradores dentro dos limites legais e recomendações do Tribunal de Contas”.
Sobre prazo para adequação do espaço, a administração municipal informou que: “como as ações não dependem apenas da Prefeitura, não há previsões para a realização destas melhorias. Assim que se tiverem os meios materiais, humanos e financeiros serão retomados os trabalhos”.
Já em relação às carcaças estacionadas sobre a calçada do Centro Comunitário, a prefeitura vai apurar de quem é a propriedade dos veículos e solicitará a retirada dos mesmos para área adequada.
No caso do ponto de ônibus, a prefeitura informa que desconhecia o problema, e está averiguando de quem é a responsabilidade pela manutenção. “Se o ponto for na rodovia citada, será do DER (Departamento de Estradas e Rodagens)”.
E sobre a reclamação dos buracos, o setor de obras será informado para levantamento e realização de operação tapa buracos. “A prefeitura pleiteou verbas junto ao governo federal para estes serviços, mas ainda não teve êxito em suas solicitações. As verbas de recursos próprios estão comprometidas com os gastos fixos e variáveis já contratados, como a folha de pagamento, por exemplo”, finaliza, a nota.