Projeto que permite a assinatura de convênio entre a Prefeitura de Adamantina e o Centro de Ensino Superior de Maringá (Cesumar), para realização de diagnóstico do ensino municipal, foi retirado de votação na sessão de segunda-feira (5), na Câmara Municipal.
Para o secretário de Educação Ricardo Torquato, a medida não atrapalhará o andamento do convênio. “A retirada do projeto pode atrasar um pouco a realização da prova, mas a correção é feita em processo eletrônico em Maringá, então os resultados chegam ainda este ano e poderemos ainda fazer o planejamento sem atrasos”, explica.
O convênio com a Cesumar se resume a realização de diagnóstico nos mesmos moldes da Prova Brasil, do Governo Federal, que é subsídio para o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Essa avaliação revelará quais as principais deficiências da aprendizagem. “Assim percebe-se alguns pontos não foram aprendidos corretamente pelos alunos. Esses resultados serão utilizados, ainda no final deste ano para o planejamento das aulas de 2016”.
A retirada da proposta solicitada por Hélio José dos Santos, foi motivada por pontos e dúvidas que, segundo o vereador, ainda precisam ser esclarecidas, como o prazo de vigência do convênio até dezembro de 2015 e os custos do projeto.
“Essa retirada foi realizada pelo vereador Hélio, se eu não me engano tem muita experiência neste trabalho, pois é o coordenador regional do Saresp (Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar de São Paulo), avaliação também semelhante à Prova Brasil. O governo cobrará R$ 20,48, por criança, e o custo na cidade alcançaria mais de R$ 11 mil”.
Já com o convênio com a Cesumar, o secretário afirma que os gastos da administração municipal serão “muito pequenos”. “Possivelmente duas diárias de hotel quando o pessoal vier para a aplicação da avaliação, envio por correio das provas e talvez o transporte. E os custos de logística, como o envio das provas para as unidades, por exemplo”.
Outra possibilidade é a realização da prova pela própria Secretaria de Educação. “Teríamos que separar por descritores as questões do Saresp e Prova Brasil dos anos anteriores, que representariam uma avaliação de 20 páginas para cada aluno. Temos nos quintos anos na rede municipal de ensino 289 alunos e nos quartos anos, 292 estudantes, que somam 581 alunos. Se multiplicarmos este número por 20 páginas contando o gabarito, teremos 11.620 cópias que custando 10 centavos cada, custaria R$ 1.162,00. Isto levando em conta que iríamos copiar as provas do ano passado. Temos ainda que custear duas pessoas para corrigirem as provas, organizar os dados e analisar o resultado. Bom, este profissional custaria pelo menos R$ 1 mil, cada. Assim, os custos para aplicar e avaliação dos resultados seriam de R$ 3.162. Não estamos computando o valor gasto com gasolina para distribuir as provas, com aplicadores e entre outros”.
O secretário explica também que é necessária a realização da avaliação ainda este ano. “De qualquer forma teremos que aplicar a prova e o diagnóstico para realizar um bom planejamento para 2016”, finaliza.
Retirada de projeto não atrapalhará andamento de convênio, afirma secretário de Educação
Projeto de Lei foi retirado de votação na sessão de segunda-feira (5), na Câmara Municipal