Deputados federais do Psol e do PV bateram boca após um grupo de manifestantes protestar contra o desastre ambiental ocorrido no início do mês na cidade de Mariana, interior de Minas Gerais.
Promovido por um grupo de cerca de 20 pessoas, o ato desta quarta-feira (25) contou com performance na qual os manifestantes jogaram barro no chão da área conhecida como Espaço do Servidor e picharam a palavra “morte” nas paredes.
Agentes da Polícia Legislativa, que fazem a segurança da Casa, tentaram conter o protesto, que acabou em confusão, inclusive com um dos manifestantes levando uma gravata de um dos profissionais. O grupo foi detido e levado à delegacia do órgão.
A confusão prosseguiu mesmo no momento em que os manifestantes já eram contidos, pois parlamentares que tentavam ajudá-los ficaram insatisfeitos com a atitude daqueles que os repreenderam.
Indignado com o fato de Evandro Gussi (PV-SP) – relator do Projeto de Lei que busca dificultar a prática de aborto em caso de estupro no País – ter falado com o chefe da segurança para conter a manifestação, o deputado Chico Alencar (Psol-RJ) o chamou de “dedo-duro”. “Ele fica colocando lenha na fogueira e dedurando o pessoal”, disse ao iG o representante do Psol.

Ocorrido em 5 de novembro, o rompimento da barragem de Fundão, no distrito de Bento Rodrigues, município de Mariana (MG), levou à formação de um tsunami de lama que deixou ao menos 12 mortos e 11 desaparecidos.
Duas semanas após a tragédia, os rejeitos da barragem chegaram ao mar do litoral do Espírito Santo no último fim de semana, após serem arrastados pela correnteza do Rio Doce, onde a fauna foi praticamente destruída. A previsão do Ministério do Meio Ambiente é que o rio leve ao menos uma década para ser recuperado.
Equipes do Corpo de Bombeiros seguem nas buscas por desaparecidos na região.