Com uma dívida de R$ 260 mil com fornecedores, a Prefeitura de Adamantina não tem dinheiro para realizar a compra de novos medicamentos. A situação que se estende desde outubro do ano passado, atinge 1.400 usuários que retiram mensalmente vários tipos de remédios nos postos de saúde da cidade. Na edição passada, o IMPACTO conversou com vários pacientes que relataram o drama da falta de remédios. Muitos sem alternativa são obrigados a comprar os medicamentos, sem ter condições financeiras para isso. A Prefeitura alega o atraso dos pagamentos à dificuldade financeira devido à queda na arrecadação.
Preocupação
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“A situação é preocupante”, afirma a secretária municipal de Saúde Patrícia Queiroz Ribeiro Mochiuti.A secretaria disse que está em frequente contato com a secretaria municipal de Finanças e Assuntos Jurídicos com o objetivo de solucionar o problema. “O prefeito Ivo Santos foi comunicado e solicitei que a Administração Municipal tenha uma ação diferenciada no setor da saúde. Estamos aguardando uma solução o quanto antes”, afirma Patrícia.
Prazo
“A secretaria de Saúde não está medindo esforços para solucionar esta grave situação e lutando para que a saúde seja priorizada em nosso município. Nossa maior angústia é quando a população nos procura e não temos condições de afirmar quando os medicamentos irão chegar. Pretendemos resolver o quanto antes. Dependemos da secretaria de Finanças para resolver este sério problema que afeta a população que necessita de medicamentos dos postos de saúde”, desabafa Patrícia.
Medida paliativa
A secretaria informa ainda que a licitação aberta pela Prefeitura, no valor de R$ 150 mil para a compra de medicamentos está em andamento. “Fizemos um levantamento dos medicamentos prioritários específicos para saúde mental. Já enviamos os pedidos para as distribuidoras, mas somente algumas irão realizar a entrega. Como constam pendências elas se recusam a entregar. Somente depois de quitada a dívida é que enviarão os pedidos”, destaca.
Medicamentos em falta
Consta na lista da secretaria municipal de Saúde, a falta de pelo menos 75 tipos de medicamentos que não deveriam faltar por motivos óbvios e pelo fato de fazerem parte da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename) onde constam os medicamentos essenciais que devem atender às necessidades de saúde prioritárias da população.
A farmacêutica do Centro de Saúde, Sabrina Gonçalves, informa que entre os medicamentos em falta estão os que atuam no controle de da pressão arterial, tratamento do coração e diabetes e medicação contínua para saúde mental.
Lista de alguns medicamentos em falta
Citalopram; Fluoxetina; Bupropiona; Clorpromazina; Bromazepam e Carbamazepina (saúde mental);
Carvedilol, Cilostazol e AAS (coração);
Atenolol (hipertensão);
Glimepirida (diabete).