Na ‘UTI’, a situação econômica da Prefeitura de Adamantina é grave. Com um déficit atual de R$ 4,5 milhões, além do sucateamento do maquinário e equipamentos, a Administração Municipal deverá tomar medidas drásticas de contenção de gastos, ainda durante abril.
Um mês depois de assumir a Prefeitura, Pacheco precisará tomar uma das medidas mais impopulares que um gestor público deve adotar: a demissão de funcionários comissionados. A informação foi confirmada ao IMPACTO pelo prefeito.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
“Vamos reestruturar nosso quadro de servidores, levando em consideração os limitados recursos financeiros, face aos grandes compromissos que o Município tem a cumprir, correndo o risco de, se tais medidas não forem adotadas, não teremos recursos para sequer cumprir plenamente o custeio da folha de pagamento e encargos relacionados. Teremos necessariamente que realizar estes cortes. É uma decisão drástica, mas necessária. Temos que levar em consideração que existem outras sérias prioridades inadiáveis (gestão do lixo e aterro sanitário, aquisição de medicamentos básicos para a farmácia do Centro de Saúde e recuperação das vias públicas que estão esburacadas)”, avalia Pacheco.
O prefeito avalia que, com a exoneração e enxugamento com a folha de pagamento, a Prefeitura poderá economizar pelo menos R$ 40 mil mensais. “Tenho que ser prático neste momento. Os servidores que ocupam ‘cargos de confiança’ e que podem ser substituídos por servidores de carreira serão exonerados. É uma medida impopular, mas do ponto de vista econômico é essencial para a saúde econômica da Prefeitura. Por lado, esta medida favorece a contração de três cargos (médicos) já aprovados em concurso público, preenchendo vagas essenciais na área de saúde”, diz.
O IMPACTO conseguiu apurar que pelo menos cinco servidores deverão ser exonerados. Outros cinco, que pertenciam ao quadro indicado por Ivo Santos já se afastaram. O prefeito, porém, não forneceu dados mais detalhados como: critérios de demissões ou data específica para a divulgação dos cortes.
Funcionalismo municipal
Segundo levantamento feito pelo IMPACTO, do número total de servidores do município chega a 1.000 na ativa, e outros 100 ocupam cargos de livre nomeação ou são concursados e ocupam atualmente cargos de confiança e poderão voltar a exercer as funções previstas em concurso.
Mais economia
O prefeito também confirmou cortes com alugueis. As despesas giram em torno de R$ 50 mil/mês. Segundo Pacheco, pelo menos 15 imóveis onde funcionam atualmente secretárias e órgãos municipais serão desocupados.
“A Prefeitura possuí imóveis próprios que após adequação permitirão a realocação de duas secretarias ou diretorias no mesmo local. Estamos agindo com muita cautela, junto com nossa equipe técnica analisando cada detalhe para fazer tudo da forma correta. Avaliamos que os cortes nos alugueis, mais as exonerações dos servidores em cargos comissionados, a Prefeitura irá economizar perto de R$ 100 mil mensais. É uma medida essencial para o equilíbrio das contas do município e diminuição do déficit mensal”, afirma.