O Banco do Brasil informou, nesta terça-feira (26), que foram liberados mais R$ 2,5 bilhões para uma linha de financiamento da casa própria chamada de Pró-cotista.
Essa linha de financiamento é voltada para famílias com renda acima dos limites do programa Minha Casa, Minha Vida e oferece um dos juros mais baixos do mercado.
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Veja as condições:
>> O valor máximo dos imóveis é de até R$ 750 mil (em MG, SP, RJ e DF) ou até R$ 650 mil (demais Estados).
>> É possível financiar até 90% do valor do imóvel, que pode ser novo ou usado.
>> O prazo máximo de financiamento é de 30 anos.
>> As taxas de juros são de até 9% ao ano.
Para contratar, é preciso:
Ter conta ativa no FGTS e mínimo de 36 contribuições ao fundo, seguidas ou não; se não tiver conta ativa no FGTS, é preciso que seu saldo total no fundo seja igual ou maior que 10% do valor do imóvel ou da escritura, o que for maior.
A linha de crédito FGTS Pró-Cotista usa recursos do Programa Especial de Crédito Habitacional ao Cotista do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Ela costumava ter um volume pequeno de operações, mas ganhou relevância a partir do ano passado, quando o Conselho Curador do FGTS liberou R$ 5,7 bilhões para financiar a compra de imóveis.
Pressão do governo
O governo federal decidiu novamente recorrer à oferta de crédito e aos bancos públicos para tentar impulsionar a economia. No fim de janeiro, o governo anunciou um pacote de crédito de R$ 83 bilhões por meio dos bancos estatais, como Caixa, Banco do Brasil e BNDES.
Na época, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, afirmou que em momento de restrição de caixa, como o atual, é preciso usar linhas de crédito para fazer ajustes.
“Se existem recursos no sistema financeiro que podem auxiliar esse ajustes, a taxas de mercado, sem criar subsídios adicionais, é um dever do governo utilizar esses recursos mais eficientemente.”
O aumento da oferta crédito para novos empréstimos usará recursos adicionais do Fundo de Garantia.
Poupança afeta crédito para a casa própria
O financiamento da casa própria passa por um momento difícil, na medida em que a poupança está perdendo recursos. A caderneta de poupança é a principal fonte de financiamento imobiliário do país, por meio do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo.
No ano passado, os saques da poupança superaram os depósitos em R$ 53,568 bilhões, no pior resultado desde 1995, o que diminui a oferta de recursos para empréstimo imobiliário.
Com isso, a Caixa, principal banco de financiamento imobiliário do país, e outros bancos enfrentam um cenário difícil, com menos recursos para emprestar nesta modalidade de crédito.
(Com Reuters)