Aprender a fazer nós, a montar barraca na mata, a trabalhar em equipe e a valorizar atividades ao ar livre. Estas são algumas das propostas do escotismo, movimento que promove princípios como lealdade e companheirismo, além de estimular o contato próximo e com respeito com a natureza.
Ao contrário do que muita gente pensa, o escoteiro não vive batendo de porta em porta vendendo biscoitos, como mostrado em muitos filmes. São crianças e adolescentes conhecidos pela prática de ações que têm como principal objetivo o exercício da cidadania.
Com essa proposta, foi formado o Grupo Escoteiro Caburé em Adamantina, que já conta com 20 crianças na modalidade Lobinho, de 6,5 a 10,5 anos. Os integrantes são divididos nos chamados ‘ramos’: além dos Lobinhos, tem o Escoteiro (dos 10,5 aos 15 anos), Sênior (dos 15 aos 18 anos) e Pioneiro (dos 18 aos 21 anos). Após os 21 anos, os adultos são convidados a participar como escotistas voluntários.
O Movimento Escoteiro foi fundado em 1907 pelo ex-general Robert Baden-Powell, após se afastar do exército na Inglaterra. Apesar de militar, o inglês quis deixar como herança técnicas que seriam úteis no desenvolvimento dos jovens para criar um movimento educacional. “O escotismo não tem vínculos partidários, seus membros atuam de forma voluntária, valoriza a participação de pessoas de todas as raças, origens sociais e crenças, em acordo com as diretrizes estabelecidas pelo seu fundador Baden-Powell e adotados pelo movimento”, explica o presidente Emerson Luis Rosa da Silva.
Ele, juntamente com a esposa Rosana Macanham Rosa da Silva, participavam do 76º Grupo Escoteiro Guará-mirim em Primavera, quando se mudaram para Adamantina e percebeu que não havia nenhum grupo na cidade. Foi quando conheceram o Tiago Rafael dos Santos Alves, diretor administrativo, e Jamile Andressa Boldrin Alves que prontamente se dispuseram a ajudar na criação do Movimento. “Com o auxílio dos voluntários e do poder público local na cessão do espaço, a ideia virou realidade”, comenta Alves.
“O Escotismo é um movimento educacional que, por meio de atividades variadas e atraentes, incentiva os jovens a assumirem seu próprio desenvolvimento, a se envolverem com a comunidade, formando verdadeiros líderes. Acreditamos que, por meio da proatividade e da preocupação com o próximo e com o meio ambiente, podemos formar jovens engajados em construir um mundo melhor, mais justo e mais fraterno”, afirma Alves.
O nome do grupo – Escoteiro Caburé é em homenagem a uma das espécies de corujas mais comuns no Brasil e que significa ‘pequena coruja brasileira’. “Diferente do que acontece com a maioria das corujas, o Caburé é visto em atividade durante o dia e se mostra como um excelente caçador. Além disso, o piado de um Caburé é tido como sinal de sorte”, explica Silva.
O grupo utiliza o Horto Florestal para o desenvolvimento das atividades aos sábados, das 14h às 17h. O espaço, localizado no Parque dos Lagos, foi cedido pela Prefeitura de Adamantina. Os interessados devem entrar em contato pelos telefones 18 99164-4625 (Tiago) e 99813-2055 (Emerson).