O diretor geral das Faculdades Adamantinenses Integradas (FAI), Prof. Dr. Márcio Cardim, participou nesta quarta-feira, 4, de mais uma sessão ordinária do Conselho Estadual de Educação de São Paulo (CEE-SP), do qual é membro, na capital paulista. É esse órgão que analisa a possibilidade de a instituição ser transformada, em breve, em Centro Universitário.
Mas, como funciona e qual a importância do CEE-SP? E como o órgão vai referendar ou não a transformação da FAI em Centro Universitário? “O Conselho é um órgão normativo, deliberativo e consultivo do sistema público de Ensino do Estado de São Paulo e é formado pela Câmara de Educação Básica e pela Câmara de Educação Superior, onde tramitam todos os processos”, explicou Cardim.
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Segundo o diretor da FAI e conselheiro do CEE-SP, no dia a dia do Conselho, os 24 integrantes do órgão, sendo 12 da Câmara Básica e 12 da Câmara Superior, analisam as demandas oriundas de instituições como a Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), as Faculdades de Tecnologia (Fatecs) e todas as Instituições Municipais de Ensino Superior (IMES) do estado.
“Além dos processos de credenciamento e renovação do reconhecimento de cursos e credenciamento de instituições, os conselheiros do CEE-SP realizam também grandes discussões em questões importantes para a Educação do estado de São Paulo, que são as deliberações e indicações que norteiam todas as regras para que tenhamos um ensino de qualidade em nosso estado. A Câmara Básica trata das questões que envolvem desde as creches até o Ensino Médio e a Câmara Superior analisa os assuntos relacionados ao Ensino Superior”, observou.
É importante ressaltar que o CEE-SP é um órgão a serviço da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (SEE-SP), vinculado àquela pasta, e todos os processos relatados e votados no Conselho dependem de homologação do secretário estadual de Educação.
Indicações e representação das IMES
De acordo com Márcio Cardim, os 24 membros que compõem o CEE-SP são nomeados pelo governador do Estado e o mandato de cada conselheiro é de três anos. “Todo ano tem a renovação de oito cadeiras do Conselho”, afirmou.
Para ele, uma das maiores conquistas não somente da FAI, mas de todas as IMES paulistas, foi garantir uma representação permanente no órgão. “As IMES são uma grande força da Educação Superior. Se somarmos todas elas, que são 32, e seu contingente, formamos em conjunto a maior instituição pública do estado de São Paulo, com mais alunos que a USP, Unesp e Unicamp. Em 50 anos de existência do CEE-SP, é a primeira vez que as IMES têm um representante dentro do Conselho e nós podemos, com isso, levar até ali as propostas e discussões realizadas nos fóruns das IMES”, justificou Cardim.
Centro Universitário
A FAI aguarda o relatório da comissão do CEE-SP que analisa a possibilidade de transformação da instituição em Centro Universitário.
Composta pelas conselheiras Maria Cristina Barbosa Storópoli, Maria Elisa Ehrhardt Carbonari e Ghisleine Trigo Silveira, a comissão visitou Adamantina nos dias 7 e 8 de abril e fez a averiguação da estrutura física dos quatro câmpus da faculdade.
“Hoje o processo já está em fase final de avaliação após cerca de um ano e meio de trabalhos desde a concepção do projeto de transformação, em 2014, que passou pela assistência técnica do Conselho. Ainda no dia de hoje [4 de maio] eu estive reunido com o presidente do Conselho, o Prof. Dr. Francisco José Carbonari, e as notícias são favoráveis a essa transformação. Teremos em breve a entrega do relatório, que ainda vai passar por discussão na Câmara de Educação Superior e, em seguida, por discussão na Plenária para, aí sim, passar pela votação final. Mas temos a plena convicção de que a FAI está preparada para essa transformação”, concluiu Cardim.
Segundo o diretor geral, vários são os benefícios com a transformação em Centro Universitário, sendo o maior deles a autonomia universitária da instituição, que poderá criar novos cursos sem prévia autorização (com posterior reconhecimento junto ao CEE-SP em processo regular), além de expedir o seu próprio diploma (já que atualmente os diplomas da FAI são expedidos pela Universidade Federal de São Carlos, UFSCar), ampliar o número de vagas, alterar grades curriculares, entre outros.
“Com essa transformação, a FAI passa a ter mais agilidade e mais mecanismos para melhorar inclusive a qualidade dos cursos de Graduação porque o Centro Universitário possibilita uma frente de investimentos em pesquisa e um Regimento Interno mais adequado para a nossa atualidade”, declarou Cardim.
A resposta definitiva do CEE-SP sobre o processo de transformação da FAI em Centro Universitário deve ser emitida no segundo semestre.