O Sincomercio Nova Alta Paulista (Sindicato do Comércio Varejista) analisa como positivas as escolhas do presidente Michel Temer para compor a equipe econômica do seu novo governo. Segundo o presidente sindical, Sérgio Vanderlei da Silva, a nova equipe deve retomar os conceitos básicos de equilíbrio macroeconômico e de responsabilidade fiscal, que serão determinantes para a retomada do crescimento econômico do País.
Já a Fecomercio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) entende que o novo governo compreendeu que deve haver sintonia entre escolas de pensamento para Fazenda, Banco Central, Tesouro e Planejamento, o que por si só já é uma notícia positiva. Ainda segundo a Entidade, trata-se de um grupo que entende que o Estado já não cabe mais nos bolsos dos brasileiros. “Ficou claro que é preciso adaptar o Estado à capacidade contributiva do cidadão, e não o contrário”, afirma Vanderlei.
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As Entidades reconhecem em Henrique Meirelles, novo ministro da Fazenda, todas as qualidades necessárias para garantir uma mudança de rumo segura e positiva da economia brasileira. Nas visões do Sincomercio e da Fecomercio, Meirelles é um técnico de excelente qualificação e detém vastos conhecimentos sobre micro e macroeconomia. “Soma-se a isso o fato de ter atuado com sucesso na iniciativa privada, conhecendo de perto a realidade do mercado, além de ter participado também da equipe econômica do ex-presidente Lula – experiência que será importante para fazer a transição para o novo governo”, explica Vanderlei.
O recém-nomeado ministro é conhecedor, como poucos, dos setores público e privado, tendo ocupado cargos chave nos dois ambientes. Para as entidades representativas do comércio, ele tem plenas condições de mudar os rumos da economia nacional, direcionando-a de novo rumo ao crescimento. Ressalta-se que a incorporação do Ministério da Previdência pelo Ministério da Fazenda, além de ser uma medida que visa simplificar e dar eficiência administrativa faz todo sentido, pois coloca os objetivos e reformas econômicas mais urgentes sob a mesma tutela.
Outro nome apreciado pelo Sincomercio e Fecomercio, e escolhido para compor a equipe econômica, é o de Romero Jucá que será o responsável pelo Planejamento. Na visão das Entidades, o senador está alinhado com o projeto do PMDB, “Uma Ponte para o Futuro”, com o qual a Fecomercio tem muita afinidade e vê muitas de suas concepções ali representadas. Além disso, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) deve passar para a estrutura desse ministério, o que parece muito razoável dentro de um desenho mais racional e eficiente da máquina pública, no entendimento das Entidades.
No Comércio Exterior, o senador José Serra – economista com ampla experiência na administração pública – terá como principal desafio a reinserção do País no mercado internacional, sendo necessário, na visão da Sincomercio, rever a política comercial externa – que, nos últimos anos, priorizou blocos econômicos pouco promissores e orientados por conotações ideológicas – para promover ações mais amplas e integradas no campo dos tratados bilaterais com economias em desenvolvimento e desenvolvidas. “A Entidade pondera que Serra deve propor uma nova agenda ao Mercosul, que acabou deixando de ser um bloco comercial relevante e se tornou um campo de discussões políticas”, finaliza Vanderlei.