
A corrente do bem tem unido várias pessoas da comunidade adamantinense em prol da jovem Fernanda Crepaldi, de 28 anos, que sofre com uma doença grave nos rins. Vivendo em condições de extrema pobreza, numa casa emprestada por parentes localizada no Jardim Adamantina, a jovem sofreu por vários anos, por não ter condições de realizar adequadamente o tratamento de rim.
Mesmo sendo submetida regularmente a hemodiálise. A comoção e a vontade em ajudar a jovem, foi o que incentivou as empresárias Renata Belém, Christiane Gavazzi e Josiane Lopes a iniciarem uma campanha para ajudar Fernanda a ter um local digno para viver, além de proporcionar qualidade de vida para realizar o tratamento.
Guerreira
Desde criança, Fernanda se mostrou uma verdadeira guerreira. Aos 11 anos foi diagnosticada com problemas cardíacos e teve que ser submetida a uma cirurgia em São José do Rio Preto. Sem dinheiro para o tratamento, recebeu ajuda de um dos médicos que a atendia gratuitamente. Ao longo do tratamento, descobriu que um dos rins estava comprometido.
Aos 17 anos, a situação se agravou, e, durante uma das crises recebeu a triste notícia que os rins não estavam funcionando. Seria preciso um transplante, além de ser submetida constantemente a hemodiálise para sobreviver. “Foi quase um ano de hemodiálise até conseguir um transplante em 2006. A equipe médica de Marília foi maravilhosa e ocorreu tudo bem”, avalia.
Enfim, depois de tantos anos de sofrimento, Fernanda e a família agradeceram a Deus pelo fim do pesadelo. Foram nove anos de vida normal. “Comecei a retomar minha vida, voltei a sonhar em ser um dia enfermeira e poder proporcionar uma vida melhor para minha mãe”, conta emocionada.
Mas, infelizmente mais uma vez o destino decidiu colocar a prova a força e a coragem desta jovem guerreira. Fernanda foi contaminada pela Leishmaniose (doença infecciosa causada pelo mosquito-palha que transmite a Leishmania e ataca o sistema imunológico). “Como o tratamento foi intensivo, tive que tomar vários medicamentos fortes, por isso, o rim transplantado não aguentou e tive que voltar a fazer hemodiálise em 2015”, conta.

Corrente do bem

No ápice do sofrimento e sem perspectiva de melhora, o destino da Fernanda e das empresárias Renata, Christiane e Josiane se cruzam. “Tudo começou na última edição do jantar da ARCA (Associação dos Renais Crônicos). Tivemos a ideia de promover um desfile com algumas pacientes atendidas pela ARCA, como uma forma de homenageá-las no Dia Internacional da Mulher. Apresentamos a proposta e a diretoria prontamente abraçou a iniciativa. Durante o evento conhecemos mais a fundo a vida da Fernanda (que recebe ajuda mensal da ARCA) e de outras mulheres que passam pelo drama da doença renal”, conta Renata.
Dias depois, o grupo de empresárias fez uma visita a casa da Fernanda e foi lá que deram de cara com a triste realidade que a família enfrentava. “Nos comovemos com as condições subumana que mãe e filha viviam e naquele momento décimos que poderíamos ajudar a transformar a realidade desta família”, enfatiza a empresária.
“Nossa primeira medida foi encontrar outro local para a Fernanda morar. Conseguimos com o apoio da funcionária pública Luciana Ramazzoti, um aluguel-social no valor de R$ 600 para alugar uma casa em condições melhores. Fernanda e a mãe se mudaram para a casa nova há duas semanas. Recebemos doações de móveis, eletrodomésticos e até roupas. Nossa meta agora é conseguir construir uma casa para a família. O irmão dela tem um terreno e vai doar metade da área para construção. Precisamos de ajuda para conseguir doações de tijolos, materiais básicos para construção como cimento, piso, madeiramento”, diz ainda.
Serviço
Além de contribuir com as doações, as pessoas pode fazer muito mais, compartilhando a campanha em seus perfis nas redes sociais. Use a hashtag da campanha #AjudeaFernanda e ajude na corrente do bem. Para quem quiser colaborar com qualquer quantia em dinheiro, a ARCA disponibiliza uma conta para receber as doações: Banco do Brasil | Agência: 0470-7 | Conta-poupança: 22.799-4 variação 51.
