As faculdades municipais do estado de São Paulo, que contam com cursos de Medicina recém-instalados, como é o caso das Faculdades Adamantinenses Integradas (FAI), estiveram reunidas na quinta-feira (9), no CEE (Conselho Estadual de Educação), na capital paulista. O encontro atendeu a uma convocação do presidente do órgão, o Prof. Dr. Francisco José Carbonari, que reiterou o rigor às quais essas instituições estarão submetidas, no processo de reconhecimento, a ocorrer em 2018, que visa assegurar a excelência na oferta dos cursos de Medicina. Representando a FAI, participaram o diretor geral da Instituição, Prof. Dr. Wendel Cleber Soares, e a Prof.ª Dra. Marisa Cardim. O Prof. Dr. Márcio Cardim, que integra o corpo docente da FAI, participou também como conselheiro do CEE.
Estrutura
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“Nesse aspecto, serão considerados todos os fatores que compõem a estrutura do curso, envolvendo as instalações físicas, acervo bibliográfico, corpo docente, laboratórios, grade curricular, oferta de estágios supervisionados, internato e residência médica em unidades de saúde pública e hospitalares, entre outros desafios, os quais todas as instituições deverão dedicar especial atenção, em satisfazer os aspectos exigidos no reconhecimento e assegurar a oferta de um ensino de qualidade, dentro do projeto acadêmico do curso”, destacou Soares.
Qualidade
A questão central em pauta, no encontro dirigido por Carbonari, tratou da complexidade de oferecer o curso de Medicina com qualidade, o que tem exigido – desde o início de funcionamento desses cursos – uma ampla mobilização institucional, para garantir o cumprimento do projeto acadêmico com rigor e excelência. “Essa fase de instalação do curso, sua consolidação e o reconhecimento são determinantes para conceituá-lo. Uma gestão positiva, de resultados, e que corresponda e supere o projeto acadêmico, podem garantir o sucesso do curso e da própria instituição. O contrário pode trazer consequências negativas. As duas situações impactam diretamente na vida futura dos cursos de Medicina e das instituições que passaram a oferecê-los recentemente, na sua grade de cursos”, analisou o diretor geral.
Confiança
Nesse aspecto e acatando as orientações e recomendações do presidente do CEE, os representantes da FAI se mostraram confiantes e esperam sensibilizar a comunidade local para os projetos que virão e os investimentos, cujos reflexos serão sentidos pela comunidade estudantil e pela população de Adamantina e região. “No que se refere aos moradores, esses estarão inseridos em uma estrutura de atendimento à saúde mais organizada, envolvendo unidades básicas de saúde e hospitais, como a Santa Casa de Adamantina, que vão recepcionar os estudantes em suas atividades de estágio, internato e residência médica, que por sua vez se refletirão em melhores serviços de saúde prestados à região”, complementou Marisa Cardim, que integra o corpo docente do curso na FAI.
Centro Universitário
A decisão recente pelo reajuste do salário do prefeito de Adamantina, que é o parâmetro legal para fixar os salários dos demais funcionários municipais – entre os quais os professores da FAI – foi recebida de maneira positiva pela cidade, que entendeu e endossou a decisão das autoridades, sobretudo dos vereadores, que aprovaram a medida e permitiram uma nova margem para a contratação de professores com dedicação exclusiva e jornadas ampliadas, possibilitando colocar em prática o projeto que consolida os investimentos em recursos humanos, que somados aos recursos materiais – permitirão consolidar o curso de Medicina, os demais cursos da FAI e a instituição como um todo. “Essa mesma decisão permite e garante a regular tramitação do projeto de transformar a FAI em Centro Universitário. Uma das exigências dentro dessa nova dinâmica organizacional é que a FAI tenha pelo menos 25% do quadro de professores doutores com jornada de 40 horas. E o atendimento a essa exigência só é possível em razão dessa mudança no salário do prefeito, aprovada pela Câmara Municipal”, finalizou Wendel Soares.