Desde 30 de maio, a enfermeira Rosemery Idalgue Mantovani Santos assumiu o comando da secretária municipal de Saúde, substituindo a então secretária Patrícia Queiroz que está de licença-maternidade e não deve retornar mais. Em entrevista ao IMPACTO, a nova titular da pasta fala sobre os desafios à frente de uma das secretarias mais importantes da Administração Municipal.
Desafio
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“O grande desafio é administrar com poucos recursos. A receita não cresce na mesma proporção que as despesas. O financiamento do SUS (Sistema Único de Saúde) é um dos problemas a serem resolvidos no município. Não podemos manter o SUS com a missão para a qual ele foi criado com esse volume de recursos próprios que o municio tem que investir. Estamos vivendo uma crise como nunca vivemos, e um dos principais motivos está no pequeno orçamento que temos. A União transferiu, na constituição de 1988, a responsabilidade deste setor para os municípios, mas não repassa o dinheiro necessário para que exista o mínimo de qualidade na área. Por leI, o município tem que investir pelo menos 15% do que arrecada. Em e 2015, Adamantina investiu 25,94%, já para o ano de 2016 até a presente data foram investidos 22,89% do que foi arrecadado”, diz.
Falta de medicamentos
Questionada sobre a falta de medicamentos já foi normalizada, Rosemary afirmou que os medicamentos estão sendo adquiridos conforme os recursos chegam ao município. “Os pacientes estão sofrendo com a falta de medicamentos inclusive nas farmácias de alto custo do SUS, que são os enviados pelo Governo do Estado. Não há previsão concreta diante da crise nacional causada pelo cenário econômico e político de quando esta situação será normalizada. Temos que trabalhar com esta nova realidade. A situação se agrava a cada dia, não por conta de má gestão, mas por conta da queda da arrecadação”, pondera a gestora.
Serviços de Saúde
Por outro lado, a secretária comemora a ampliação dos serviços de atenção à saúde que está sendo cumprido e com resultados positivos. “Hoje possuímos 10 equipes de estratégia saúde da família, praticamente uma cobertura de 100% da população com atendimento básico nos postos de saúde. Os ESFs (Estratégias Saúde da Família) como reordenadores do modelo assistencial vem, consolidando-se como fundamentais na estruturação das redes de atenção à saúde em Adamantina. A Atenção Básica envolve ações que se relacionam com aspectos coletivos e individuais e visa resolver os problemas de saúde mais frequentes e de maior relevância para a população. É a porta preferencial de entrada do cidadão no Sistema Único de Saúde- SUS, garantindo assim o seu acesso”, conclui.