Pelo menos uma hora de atividade física diária é necessária para resistir aos efeitos negativos de ficar sentado durante oito horas, revelou um estudo publicado nesta quinta-feira (28) pela revista médica britânica “The Lancet”.
A pesquisa, que analisou dados de 16 relatórios anteriores sobre pessoas com mais de 45 anos dos EUA, Europa Ocidental e Austrália, concluiu que os cidadãos que levam uma vida sedentária contam com uma probabilidade mais alta de risco de morte.
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Um grupo de especialistas internacionais verificou que aqueles que se sentam durante oito ou mais horas por dia e fazem pouca atividade física têm um risco de 9,9% de morrer em um período de entre 2 e 18 anos.
Já as pessoas que passam menos de quatro horas sentadas e fazem exercício durante pelo menos 60 minutos por dia, tem o risco de morrer nesse período reduzido em até 6,8%.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aconselha 150 minutos de exercício por semana, mas a publicação britânica, baseada em dados de mais de um milhão de pessoas, qualificou a recomendação de “insuficiente”.
O principal autor do estudo, o professor Ulf Ekelund da Universidade inglesa de Cambridge, explicou que “não é preciso ir à academia” e que “é suficiente andar de manhã ou depois do jantar, mas é preciso fazê-lo pelo menos uma hora por cada dia”.
A pesquisa também afirmou que pelo menos 60 minutos de “exercício de intensidade moderada”, como andar a uma velocidade de 5,6 km/h ou andar de bicicleta a 16 km/h seria suficiente para reduzir os efeitos de ficar sentado durante um longo período de tempo.
“Não é fácil fazer exercício uma hora todos os dias, mas os adultos britânicos veem em média 3 horas e 6 minutos de televisão. Não é muito pedir que um pouco dessas três horas seja usada em atividade física”, ressaltou Ekelund.