Justiça investiga suposto crime eleitoral em Lucélia

Candidata a vereadora estaria doando bolas de plástico para eleitores com filhos pequenos.

A Polícia Civil apreendeu 53 bolas que estavam na casa de uma candidata a vereadora de Lucélia, que estaria doando o material a eleitores. Outras três bolas também recolhidas já estavam na casa de duas mulheres. A ação foi realizada na manhã desta terça-feira (13), em cumprimento a um mandado de busca domiciliar expedido pela Justiça Eleitoral.

Conforme a polícia, as diligências foram feitas em quatro locais distintos. Na casa de uma eleitora que possui dois filhos pequenos, na Vila Cayres, havia duas bolas, que a mulher afirmou ter recebido nesta segunda-feira (12) do marido da candidata.

“A eleitora ainda aduziu que o marido da candidata indagou-lhe sobre a quantidade de eleitores existentes na residência, entregando um ‘santinho’ de sua esposa”, explicou a Polícia Civil.

No mesmo bairro, na casa de outra eleitora que tem um filho pequeno, os policiais apreenderam mais uma bola da mesma marca das demais. Neste caso, a mulher também confirmou que recebeu o material esportivo do marido da candidata.

Já em uma residência no Centro, foram apreendidas outras 53 bolas, que estavam embaladas, em sua maioria, em sacos que continham dez unidades cada. “As bolas eram novas e foram localizadas no quarto do filho da candidata”, detalhou a corporação.

A polícia também realizou diligências na chácara da família da candidata, que fica no acesso a Lucélia, mas nada ilícito foi encontrado. “Diante dos fatos, a Polícia Civil apreendeu as bolas encontradas, sendo elaborado o registro da ocorrência, para posterior indiciamento dos envolvidos pelo crime previsto no artigo 299 do Código Eleitoral, que prevê pena de reclusão de até quatro anos”, salientou a corporação.

O artigo 299 do Código Eleitoral estabelece que é crime: “Dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a oferta não seja aceita”.

Foi informado ainda que a Justiça Eleitoral será comunicada para “providências cabíveis no tocante à candidatura da averiguada”.

Os nomes dos envolvidos não foram divulgados pela Polícia Civil.

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