Marisa Furtado Mozini Cardim, é enfermeira formada pela segunda turma da FEO ( Faculdade de Enfermagem e Obstetrícia de Adamantina), Mestre em Saúde Coletiva pela FMB-UNESP (Faculdade de Medicina de Botucatu) e Doutora em Ciências da Saúde pela FAMERP (Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto).
É docente da UniFai desde 2000, onde começou a atuar no curso de Enfermagem, depois atuou em vários departamentos como Fisioterapia, Farmácia, Nutrição, Educação Física, Ciências Biológicas, Pedagogia. Foi responsável pela implantação de dois cursos de Pós-graduação Lato Sensu pelo departamento de Enfermagem (Urgência e Emergência e Nefrologia).
No final de 2011 encarou junto com a equipe da FAI um novo desafio: a implantação do curso de Medicina, pelo qual é responsável pelo projeto pedagógico.
Tem 48 anos, é casada com o prefeito eleito de Adamantina, Márcio Cardim (DEM) há 24 anos. O casal tem três filhos: Thamires (19), Márcio José (10), Marina (08).
Em entrevista ao GI NOTÍCIAS, a futura primeira-dama de Adamantina, fala de política, trabalho, fé e revela que estará envolvida na gestão do marido, Márcio Cardim, na Administração da Prefeitura de Adamantina. Marisa também destaca que se surpreendeu com o acolhimento da população durante a campanha eleitoral. Confira a entrevista.
Você pretende se envolver na Administração Municipal?
Marisa: Eu e o Márcio, apesar de formação diferente, uma enfermeira e um matemático, sempre trabalhamos juntos. E as decisões também sempre foram tomadas em parceria, visto que temos os mesmos objetivos. Para quem vive dessa forma é impossível não ter envolvimento mesmo porque tem dois pontos essenciais que estarei ligada direta que é a saúde e a promoção social.
Você algum dia imaginou que o Márcio seria prefeito de Adamantina?
Marisa: Isso realmente não estava nos nossos planos, como desenvolvimento da UniFai, estávamos entrando em um momento de calmaria na nossa carreira acadêmica, tanto que no primeiro momento a resposta para a proposta de ser candidato a prefeito foi não. A partir desse momento começamos a nos sentir incomodados, parecia que estávamos negando algo, e começamos a reavaliar a possibilidade, com o que poderíamos realmente contribuir com o município que está passando por um momento tão complicado. Conversamos muito, nos aconselhamos com algumas pessoas, mas mesmo depois do Márcio ter aceitado eu ainda me sentia muito angustiada. Foi quando por força do destino encontrei o Padre Marcelo Rossi e ele sem nunca ter me visto segurou minha mão e disse “filha siga em frente, você e seu marido são pessoas de coragem, enfrentem o que está por vir.” Quando contei isso para o nosso Padre Marcelo (Paróquia Nossa Senhora de Fátima) ele me respondeu: “Você não queria uma Luz? Então aí está.”
Você se surpreendeu com os 81,47% de votos que elegeram Márcio Cardim?
Marisa: As pesquisas mostravam uma grande vantagem, e como haviam sido feitas por institutos confiáveis estamos com certa tranquilidade, mas 81,47% foi uma grata surpresa. Sabemos que o tamanho da responsabilidade que a população depositou no Márcio e estando com ele na vida e no trabalho há tantos anos, sei que ele fará o possível e o impossível para retribuir essa confiança.
Como é que você vê a política? Avalia que um dos motivos pelos quais o Márcio foi eleito é que ele não é um político?
Marisa: O desgaste que o Brasil tem passado deixa as pessoas descrentes, e outros tantos nem se interessam pela questão. Adamantina passa por momentos difíceis e governar é muito maior que a política em si. É gerenciar buscando e gerando recursos, desenvolvendo trabalho de valorização e reconhecimento das pessoas e de seu trabalho, zelando pelo bem público seja ele um banco de praça, uma escola, ter respeito pelo que é de todos e para com todos. Acho que essa forma de administrar que o Márcio demonstrou que deu certo na UniFai é que as pessoas esperam.
Qual a sua visão da política adamantinense?
Marisa: Durante a campanha não vou falar pelos outros, mas nosso partido, os de nossa coligação e os que nos apoiaram, todos sem nenhuma exceção, fizeram seu trabalho de forma digna, limpa, honesta e sem ataques. Precisamos acreditar que a mudança na política é possível e para que isso ocorra, principalmente as crianças e jovens precisam acreditar que a política transforma uma sociedade quando é praticada em prol da população e não em benefício próprio.
Como foi andar durante a campanha por toda cidade? O que você viu de bom e de ruim?
Marisa: Como sempre fui docente e supervisora de estágio de enfermagem pela UniFai, muitas coisas da realidade da cidade principalmente referente à saúde já conhecia. Mas uma coisa me surpreendeu muito, foi o acolhimento das pessoas nas casas, nas reuniões e principalmente ao olhar para as pessoas depois de alguns minutos de conversa sobre o projeto de trabalho para Adamantina, perceber que a esperança voltava aos olhos daqueles que assim como cada um de nossos candidatos e cabos eleitorais, estava buscando o melhor para Adamantina, e consequentemente, proteção e futuro digno para sua família.
Saúde foi a principal bandeira durante a campanha, sendo o curso de Medicina terá um papel primordial na implantação deste projeto. Em quanto tempo a população perceberá as primeiras mudanças na área da saúde?
Marisa: Os projetos para o desenvolvimento da saúde já se iniciaram e em breve uma das primeiras reestruturações será abertura do Posto de Saúde Central até às 22 horas, estamos nos doando ao máximo para que a população se favoreça o mais breve dessas mudanças.
Deixe uma mensagem aos leitores do GI NOTÍCIAS.
Marisa: Adamantina tem que ser resgatada, mas ficar olhando o que passou e não deu certo, não nos levará a lugar algum. Precisamos agora que a população se una com a administração pública para reconstruir o que foi perdido, desenvolver novos projetos e fazer da nossa querida Adamantina um lugar onde tenhamos orgulho de dizer novamente essa é minha ‘Cidade Joia’.
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