Novembro não é azul só pelo câncer de próstata, é também azul pelo diabetes, já nesta segunda-feira (14) é o dia mundial de combate à doença, que cresce 20% ao ano no Brasil, de acordo com estudo da Federação Internacional de Diabetes.
A Pesquisa de Alimentação Saudável, feita pelo grupo Minha Vida sobre nutrição infantil, mostra que 55% dos pais que participaram do levantamento têm dificuldade de manter a refeição dos filhos saudável. Uma alimentação equilibrada é fundamental na prevenção, combate e tratamento da doença, que atinge mais de 14 milhões de pessoas no país e mata 72 mil todos os anos.
De acordo com Camila Barreto, endocrinologista e nutróloga do CECAM – clínica médica referência em São Paulo –, o diabetes do tipo 2 é a maioria dos casos e o mais comum em pessoas com fatores de risco como: antecedente familiar de diabetes, acima de 40 anos, sobrepeso e obesidade, sedentárias e sem hábitos saudáveis de alimentação. “Porém, o número de diagnósticos do diabetes tipo 2 nos mais jovens e até crianças vem crescendo principalmente pelo aumento do consumo de carboidratos e fast-food”, alerta a especialista.
Papel dos pais
No tratamento do diabetes em crianças e adolescentes, os pais têm suma importância. Compreensão, paciência e dedicação são fundamentais porque segundo a endocrinologista, os mais novos “nem sempre aceitam bem o diagnóstico e às vezes necessitam de auxílio/assistência de um psicólogo. É importante também uma integração como a participação de encontros e grupos com outras crianças que também tenham diabetes.”
A especialista alerta ainda que a superproteção deve ser evitada e que o apoio nos processos de aceitação e compreensão da doença é o mais importante. “Estar a par dos hábitos de vida dos filhos como alimentação e exercícios físicos; estar presente no dia a dia e atento à verificação de automonitorização da glicemia, para avaliar a resposta aos alimentos, medicamentos e principalmente à insulina; e ficar alerta aos sintomas de descompensação, bem como mudanças no crescimento e desenvolvimento – peso e altura – para se necessários, fazer possíveis ajustes na terapia insulínica”.