Osvaldo Cruz, Sagres, Salmorão, Rinópolis e Parapuã poderão ser afetadas pela reestruturação proposta pelos Correios (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos). É que essas cidades devem passar a ser atendidas pela Unidade de Tupã, que poderá se transformar em Centro de Distribuição Domiciliária. A informação é do jornal Diário de Tupã.
A reestruturação que está sendo proposta pelos Correios deverá mexer com o cotidiano de 117 mil funcionários da maior empresa estatal do país. Até dezembro será apresentado um Plano de Demissão Voluntária para pelos menos 13 mil trabalhadores do setor. Com isso, os Correios esperam economizar entre R$ 850 milhões a R$ 1 bilhão com o programa.
A reestruturação busca, além da demissão voluntária, a centralização de serviços de entregas de correspondências e encomendas.
O Sindicato dos Empregados da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e Similares de Bauru e Região, porém, já mobiliza a categoria para impedir a implantação do projeto, que pode transformar Tupã em Centro de Distribuição Domiciliária, afetando os municípios menores da microrregião.
As informações, no entanto, não são confirmadas pela estatal. Mas, lideranças sindicais afirmam que em uma primeira etapa ocorreria o Plano de Demissão Voluntária e, na sequência, a redução física da empresa a partir da centralização de serviços e trabalhadores em cidades de maior porte.
O Sindicato explicou ainda que a medida extingue serviços postais nos municípios. A proposta criará duas categorias de cidades: as que terão serviços postais diários e as que terão serviços de forma eventual.
Justificativa
Sobre a proposta de reestruturação, o presidente dos Correios, Guilherme Campos, justificou que o corte de funcionários tem a finalidade de reverter prejuízos. Ele não mencionou atos de corrupção, mas admitiu queda no volume de postagens e aumento dos custos operacionais, entre outros fatores.
Em 2015, os Correios faturaram R$ 18 bilhões, mas amargaram prejuízos de R$ 2,1 bilhões. Para este ano, o faturamento deverá ser de R$ 20 bilhões e os prejuízos devem ficar em R$ 2 bilhões.
