O ano de 2016 terminou com a queda de 5.650 postos de trabalho na indústria no Oeste Paulista. De acordo com a Pesquisa de Nível de Emprego, feita pelo Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp/Ciesp), esse total representa variação negativa de 12,38%. Os dados com o balanço do ano foram divulgados nesta quinta-feira (19).
Ainda conforme o levantamento, somente no mês de dezembro houve diminuição de 4,22%, ou seja, menos 1.750 empregos na região que, para efeitos do estudo realizado pelo sistema Fiesp/Ciesp, é composta por 65 municípios. Também segundo a pesquisa, a redução foi influenciada pelas variações negativas dos setores de Coque, Petróleo e Biocombustíveis (11,79%), Produtos Alimentícios (-2,01%), Artefatos de Couro, Calçados e Artigos para Viagem (-3,31%) e Produtos de Minerais Não-Metálicos (-9,09%), sendo que nenhuma área apresentou resultado positivo.
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Já no acumulado do ano, os setores que apresentaram maior queda foram os de Metalurgia (41,38%), Coque, Petróleo e Biocombustíveis (-36,46%), Celulose, Papel e Produtos de Papel (-26,02%), Equipamentos de Informática, Produtos Eletrônicos e Ópticos (-24,79%) e Máquinas e Equipamentos (-17,86%). Com resultado positivo aparecem somente as áreas de Produtos de Metal, Exceto Máquinas e Equipamentos (10%), Bebidas (2,13%) e Veículos Automotores e Autopeças (3,06%).
A pesquisa revelou ainda que no Estado de São Paulo, seguindo a tendência dos demais meses de 2016, dezembro registrou queda de 1,62% (sem ajuste sazonal) nos postos de trabalho da indústria paulista, o que resultou no fechamento de 35,5 mil vagas. Essa queda também é vista no acumulado do ano, que teve uma variação negativa de 6,58%, com o encerramento de 152,5 mil vagas.
Setores negativos
O diretor regional do Ciesp em Presidente Prudente, Wadir Olivetti Júnior, explicou que essa queda foi resultado da crise econômica nacional. “Essa crise vem assolando o país desde 2014, 2015, principalmente em 2016. Não teve um segmento que ficou bem, todos sofreram queda e foram afetados”, afirmou.
Ainda de acordo com ele, o esperado para 2017 é de que a situação se reverta mediante as providências tomadas pelo governo federal. “Esperamos que, abaixando os juros, criem-se condições melhores para se gerar empregos. Por enquanto, neste primeiro semestre, estamos preocupados e vendo com apreensão o andamento da situação, mas esperando que, com a queda da taxa Selic, as demais caiam também e isso nos dê um fôlego para retomar o crescimento”, pontuou Olivetti Júnior.