A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) interditaram aterro considerado clandestino nesta quinta-feira (10), em Adamantina. Conhecido com ‘Bolsão de Galhos’, a Companhia monitora o local desde 2013, que já foi multado, até hoje, quatro vezes.
A interdição definitiva ocorreu com a presença do secretário estadual de Meio Ambiente, Ricardo Salles, que esteve na cidade averiguando a situação do espaço, que fica próximo à usina de reciclagem de lixo.
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Na terça-feira (7), o prefeito Márcio Cardim (DEM) já havia anunciado a possibilidade de fechamento do ‘Bolsão’, quando iniciou a busca de alternativa para o depósito de galhos e de resíduos da construção civil. “Buscamos um novo local, mas agora será realizada triagem do material a ser depositado”, explica em entrevista ao Grupo Jóia de Comunicação.
Ainda na terça, o Chefe do Executivo se reuniu com representantes das empresas Tratorita Caçambas, Caçambas Adamantina, Gilmar Caçambas e JJ Caçambas para discutir soluções para a triagem dos resíduos transportados pelas caçambas, objetivando sua reutilização em novo formato.
Aterro Sanitário
Além do ‘Bolsão de Galhos’, o Chefe do Executivo alertou que o aterro sanitário também deverá ser interditado em no máximo quatro meses devido falta de capacidade do local, que fica no bairro Boa Vista. “Também já buscamos uma solução para o problema, que deve contar com a colaboração dos adamantinenes. Por dia são produzidos 30 mil quilos de lixo, sendo que, se houvesse a separação correta dos resíduos apenas 2 mil quilos seriam destinados ao aterro”, comentou.
Propostas
Já na quarta-feira (8), o prefeito esteve com o secretário, em São Paulo, apresentando plano de gestão dos resíduos sólidos para a cidade. São cinco frentes que carecem de solução.
Além do encerramento do ‘Bolsão de Galhos’ e abertura imediata de um novo espaço com trituração de galhos, a Administração Municipal pretende fazer a triagem dos resíduos de construção civil; sistema de compostagem dos resíduos orgânicos e triturados; apresentação de projetos com adequação das atuais instalações do Aterro Sanitário e de aproveitamento da mesma ou área nova; e a criação de uma cooperativa de reciclagem do lixo doméstico para expansão da coleta seletiva, que terá 100% de reciclagem dos resíduos orgânicos e até 85% de reciclagem do inorgânico.
Os cinco projetos foram protocolados junto à Cetesb com pedido de quatro meses para serem elaborados, mas com execução imediata.