As prefeituras de Adamantina e Osvaldo Cruz apresentaram novas áreas para destinação de resíduos sólidos após dois aterros clandestinos serem interditados durante operação realizada pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente e pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), no último dia 9, com a presença do secretário estadual de Meio Ambiente, Ricardo Salles.
Nas duas áreas interditadas foi constatada a disposição irregular, a ausência de preparação do terreno (impermeabilização e escoamento de águas), bem com a existência de resíduos de outra natureza além da que era permitida nos locais (em Adamantina, lixo doméstico estava na área destinada à construção civil, enquanto em Osvaldo Cruz foi encontrado além do doméstico, resíduos industrias e de podas de árvores).
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Visando adequação das irregularidades, as prefeituras dois municípios apresentaram nova dinâmica para destinação dos resíduos sólidos e novas áreas para o descarte.
Adamantina
Em Adamantina, o Departamento de Gestão de Resíduos tem intensificado as ações voltadas ao meio ambiente, principalmente no que se refere à destinação de resíduos sólidos, considerando, inclusive, a interdição definitiva do bolsão de galhos. Na nova área, localizada na Vicinal José Bocardi, já possui triagem por servidor municipal para o depósito de resíduos das 7h às 11h e das 13h às 17h30.
A Prefeitura promoveu duas reuniões com representantes de empresas de caçamba do município e também com os podadores de árvores e afins, com vistas a expor o novo sistema de acondicionamento, transporte e destinação de resíduos que pretende implementar por meio de projeto de lei a ser enviado à Câmara Municipal.
Pelo projeto, as empresas proprietárias de caçambas estáticas que efetuam coleta de entulho nas obras de construção, reforma e demolição no município de Adamantina, deverão identificar a lateral de suas caçambas com o nome da empresa e telefone, com a mensagem “proibido jogar lixo” e a sinalização com faixas refletivas. A proposta é que em todas as suas laterais devam ser colocadas quatro faixas de cinco centímetros de largura e trinta centímetros de comprimento.
De acordo com o projeto, as caçambas deverão ser colocadas nas ruas e no passeio na rua próximo da guia, sempre que for permitido estacionamento de veículos ou similares no local, fora das esquinas, a 20 cm do meio fio, de modo a permitir o escoamento das águas pluviais. É vedada a colocação de caçambas sobre as caixas coletoras de águas pluviais (bocas de lobo) ou outros dispositivos de drenagem, no recuo das calçadas, nas garagens ou dentro dos terrenos das obras sempre que for possível.
Se aprovado, será obrigatório o uso de lonas ou similares, afixadas sobre as caçambas quando estas estiverem transportando areias, pedras, terras ou entulhos, de modo a não permitir que sejam arremessados para fora da carga quando nelas transportados. Os entulhos e resíduos também deverão ser imediatamente removidos pelos responsáveis dos imóveis geradores e adequadamente destinados, os Resíduos de Construção Civil serão obrigatoriamente separados, conforme Associação Brasileira de Normas Técnicas.
Osvaldo Cruz
Já em Osvaldo Cruz, a Prefeitura iniciou na terça-feira (14) os trabalhos para separar e dar o destino correto aos resíduos de construção civil.
De acordo com a engenheira ambiental, Silvana Maciel, foi realizada na segunda-feira (13) reunião com os proprietários de empresas de caçamba e que recolhem restos de construção pela cidade. “Em média recebíamos o volume de até 15 caçambas por dia de restos de construção. Orientamos os caçambeiros que eles terão que separar os materiais e a tendência é que o volume seja diminuído”, disse Silvana. A expectativa é que cada empresa da cidade tenha uma quantidade determinada de envio de resíduos ao aterro.
A Prefeitura contratou profissionais para realizar a separação dos materiais. E, ainda na segunda-feira houve a capacitação dos trabalhadores. “Só depois de um período de trabalho desta equipe é que teremos a oportunidade de ver qual é a capacidade que a Prefeitura tem em processar os materiais. Depois é que vamos determinar a quantidade de restos de construção que cada empresa poderá levar até o aterro”, explicou a engenheira, ao portal Ocnet.
População precisa ajudar
A técnica da Secretaria de Meio Ambiente também pediu colaboração dos moradores no sentido de descartar nas caçambas realmente apenas materiais de construção.
“Infelizmente, há pessoas que jogam outros materiais e até mesmo descartam animais mortos e podas de árvores. Vamos fazer uma triagem minuciosa, o que vai exigir atenção de moradores, caçambeiros e da própria Prefeitura. As caçambas com conteúdos contaminados (que não sejam restos de construção) não poderão entrar no aterro”, afirmou.