Professores da rede estadual e municipal, além de apoiadores, participaram na manhã desta quarta-feira (15) de carreata pelas principais vias de Adamantina em protesto a reforma da Previdência. A mobilização, organizada pelo CPP (Centro do Professorado Paulista), por meio da unidade regional de Adamantina, faz parte da greve geral de professores que acontece em diversas cidades do estado de São Paulo.
“A principal reivindicação da entidade é a proposta da reforma que acaba com a aposentadoria especial para professores, garantida em dispositivo constitucional desde 1.981 e referendada pela Constituição de 1.988”, explica a dirigente regional do CPP de Adamantina, professora Marlene Ribeiro Esteves.
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Pela regra atual, homens se aposentam com 35 anos de contribuição e mulheres, 30. No caso dos professores, o tempo mínimo de contribuição cai para 30 e 25 anos, respectivamente. “A aposentadoria especial é um direito dos professores, conquistado inclusive depois de reivindicações do CPP. A entidade, portanto, continua lutando pela valorização do magistério”, enfatiza Marlene.
Além da carreata, o CPP recolhe até às 18h assinaturas objetivando a não aprovação da PEC nº 287/16, que determina que todos os profissionais trabalhem até, no mínimo, 65 anos, com 25 anos de contribuição.
Outras cidades
Além de Adamantina, professores de outras cidades da região se manifestam contra a PEC nº 287/16. Em Osvaldo Cruz, os manifestantes se reuniram em frente à sede da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo) e seguem até a Prefeitura para entregar ao prefeito Edmar Mazucato (PSDB), que também é presidente da AMNAP (Associação dos Municípios da Nova Alta Paulista), abaixo-assinado para ser entregue em Brasília.
Em Flórida Paulista, segundo o Facebook oficial da Prefeitura, os professores “estão paralisados por mais educação e contra a Reforma da Previdência”.