A Secretaria Municipal de Adamantina confirmou mais um caso de Leishmaniose Visceral Humana (LVH), contabilizando o terceiro caso no ano e em um intervalo de menos de 40 dias entre o primeiro e o terceiro, sendo um no Jardim Bela Vista e dois no Jardim Brasil.
A transmissão da doença ocorre através da picada do mosquito palha infectado pelo protozoário, após ter picado um cão portador da leishmaniose. Assim sendo, o contagio dá-se apenas após a picada da fêmea do flebotomíneo.
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Nos humanos, os sintomas da doença são febre constante, anemia, fraqueza, emagrecimento, aumento do baço, além de outras manifestações clínicas. Nos animais, os principais sintomas são apatia, emagrecimento, queda de pelos, feridas nas pontas das orelhas e pelo corpo que demoram a cicatrizar, descamação e crescimento exagerado das unhas.
O cão infectado pode manifestar os sintomas como demorar meses ou até anos para adoecer e permanecendo como fonte de infecção para o inseto transmissor, dessa maneira orienta-se a realização anualmente de exame sorológico para o diagnóstico da doença.
Para a diminuição dos casos de leishmaniose tanto em humanos quanto em animais, torna-se essencial o apoio da população na eliminação dos criadouros, que podem ser restos de comidas, frutas, folhas, fezes de animais, além da limpeza dos abrigos de animais domésticos e a higienização dos animais.
A Secretaria de Saúde realizou e vem realizando busca ativa de sintomáticos em um raio de 200 metros da residência dos pacientes, cujos casos foram confirmados e esta busca tem o objetivo de identificar tanto em humanos quanto em animais a sintomatologia da doença para que identificado precocemente possa ser tomada as devidas providências.
A Secretaria comunica, ainda, que a partir desta segunda-feira (22), funcionários do Departamento de Controle de Vetores e agentes comunitários de saúde estarão percorrendo as residências (com início no Jardim Brasil) para realizar o Inquérito Canino, que consiste na coleta amostras de sangue dos cães para o diagnóstico da Leishmaniose Visceral Canina (LVC), objetivando a diminuição da fonte de infecção para o mosquito transmissor da doença.
Posteriormente, junto com a Secretaria de Obras, será feita a eliminação da matéria orgânica em peridomicílios, terrenos baldios, praças e parques públicos, a fim de reduzir a quantidade de matéria orgânica e de locais sombreados, condições que favoreçam a manutenção de criadores do vetor. A limpeza deverá ser executada pelo próprio morador, com apoio do Poder Público municipal.
“Contudo, ressaltamos que antes de dar inicio ao mutirão, os agentes de combate a endemias e os agentes comunitários de saúde passarão nas residências com antecedência orientando quanto à retirada dos possíveis criadouros”, alertou a Secretaria de Saúde por meio de nota.