Para os jovens, ter experiências novas, como conhecer novos lugares, músicas e amigos, é algo normal. Mas, quando envolve drogas, o apenas “experimentar” pode trazer graves problemas.
Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) divulgados no ano passado mostram uma triste situação: a taxa de jovens que já usaram drogas ilícitas aumentou de 7,3%, em 2.012, para 9% em 2.015.
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Para mudar este panorama, a Polícia Militar realiza um intenso trabalho de prevenção na faixa etária inicial da adolescência, período de risco para o envolvimento com as drogas. Alunos dos 5º anos, de escolas municipais e particulares, recebem orientação de um policial fardado que vai para dentro da sala de aula uma vez por semana ministrar aulas com os temas: bullying, cidadania, prevenção contra as drogas, dentre outros.
E, nesta semana, teve início às formaturas do primeiro semestre do Proerd (Programa Educacional de Resistência às Drogas e a Violência) na microrregião de Adamantina. Segundo o Capitão PM Julio Romagnoli, comandante da 2ª Companhia do 25º Batalhão da Polícia Militar, aproximadamente 360 alunos receberam orientação em Flora Rica, Flórida Paulista, Irapuru e Pacaembu.
“O Proerd é um programa de fundamental importância nas escolas. De forma lúdica e esclarecedora, ele ensina às crianças todo o mal causado pelas drogas e como eles podem dizer não a esse mal. Há também o envolvimento da escola e da família desses alunos, mostrando que a educação é a solução para criminalidade”, explica o Capitão.
Trabalhando com a aproximação do jovem com a Polícia Militar para que entenda a importância da Corporação, além de mostrar a problemática das drogas, o Proerd visa tornar o aluno um multiplicador do aprendizado, já que o conhecimento é repassado para as famílias. “Somos escola, família e polícia juntos dizendo sim à vida e não à violência”, enfatiza.
Outro tema bastante abordado pelo programa, que é ministrado pela policial Ângela Maria Tude Rodrigues, é o bullying. O comandante da PM destaca que o problema é uma das principais consequências da inserção dos jovens no mundo das drogas. “Muitas vezes, por sofrer bullying e se sentir reprimida, essas crianças buscam formas de ‘extravasar’ toda essa angústia, como as drogas. Por isso, é orientado os jovens como um todo”, disse.
No segundo semestre será a vez dos alunos Adamantina e Mariápolis receberem capacitação do Proerd. Cerca de 500 estudantes devem participar do programa, que é finalizado com a entrega de certificado durante formatura e os jovens que melhor escreverem uma redação sobre o que foi ensinado e compreendido durante as palestras também recebem medalha da Polícia Militar.