Quatro pessoas foram presas na manhã desta sexta-feira (21) durante operação que investiga fraudes em multas de trânsito na Ciretran (Circunscrição Regional de Trânsito) de Adamantina. Segundo a Polícia Civil, cerca de 160 infrações lavradas pela Polícia Militar foram descartas pelo esquema ilegal operado pelo grupo.
As suspeitas das irregularidades começaram a surgir em janeiro de 2.016, quando policiais militares, que realizavam operações de trânsito, de rotina, aplicavam multas, mas haviam motoristas que não eram penalizados.
Em julho do ano passado, a Polícia Civil começou a investigar o esquema a partir de denúncia da chefe do Ciretran local, que resultou nas prisões nesta sexta de F.S.D, 28 anos (funcionário da Ciretran de Adamantina), D.F.C.S., de 31 anos (servidora de empresa terceirizada pelo Detran), I.V.P, de 25 anos (desempregado), e A.C.O., de 22 anos (autônomo).
Segundo as investigações, a Polícia Militar atuava os infratores e, ao enviar as multas à Ciretran para lançamento no sistema e posterior notificação, as infrações eram excluídas e os investigados iniciavam uma abordagem aos motoristas propondo a solução do problema e cobrando pelos serviços, sem que eles tivessem pontuação lançada no sistema e fosse lavrada a cobrança da multa.
O delegado Rodrigo Alabarse disse ao Siga Mais que cerca de 160 infrações lavradas pela Polícia Militar e que deveriam ser lançadas no sistema foram descartadas no esquema ilegal operado pelo grupo, e os motoristas que se beneficiaram desse artifício também poderão ser penalizados.
Os detidos foram encaminhados ao Plantão Policial para serem ouvidos e, os homens, ficaram detidos temporariamente na Cadeia Pública de Adamantina. Já a mulher será encaminhada para Cadeira Feminina de Dracena.
A Polícia Civil informou ainda que os quatro presos responderão pelos crimes de corrupção passiva e associação criminosa, cujas penas, respectivamente, são de reclusão de 2 a 12 anos e 1 a 3 anos. Aos condutores beneficiados com o esquema, após identificados, responderão pelo crime de corrupção ativa, cuja pena também é de reclusão de 2 a 12 anos.