Enfim, chegou o dia de experimentar o vinho laranja!
Isso mesmo, vinho laranja, ou âmbar, como muitos o chamam é um vinho branco feito como vinho tinto.
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Isso significa que a fermentação ocorre com a presença das cascas, o que desenvolve aromas e sabores distintos, além, é claro, de uma coloração mais profunda, alaranjada.
Na produção de vinhos brancos a prensagem das uvas é feita suavemente para extrair o suco sem esmagar as sementes e as cascas. Já na produção do vinho laranja, durante o processo de vinificação, as cascas das uvas fiquem em contato com o mosto por dias, semanas ou até mesmo meses, resultando na cor peculiar.
Embora o vinho laranja esteja na moda sua produção não é uma criação recente, mas remonta aos primórdios da vitivinicultura uma vez que a técnica de produção nasceu há milhares de anos na região onde hoje está a república da Geórgia.
Não é muito comum encontrar vinhos laranja no mercado, entretanto, do ponto de vista do marketing, esses vinho tem um grande potencial já que a cor inusitada chama a atenção despertando a curiosidade dos consumidores, além de que oferecem uma gama de harmonizações bem mais ampla que a dos brancos normais, podendo acompanhar desde sushi a churrasco, passando por massas, risotos, assados e queijos em geral.
O vinho que degustei foi o “CC + JI, Âmbar, 2015”. O título do rótulo é a inicial do nome dos enólogos, a dupla Cesar Curra e João Inácio, que produzem vinho de garagem, ou de autor, como também são chamados os vinhos de pequena produção que expressam a intenção do autor, seja o vinho elaborado ou não em uma garagem.
Foi produzido com uvas Riesling provenientes da Serra Gaúcha e maturou durante 12 meses em uma única barrica de acácia sem tostagem.
O resultado foi um vinho de cor laranja dourada, um tanto turva, parecida com mel. Apresentou notas florais e cítricas, forte acides e taninos leves, com final muito agradável, o que garantiu uma perfeita harmonização com os frutos do mar presentes na moqueca que o acompanhou.
De fato, um vinho com sabor e características próprias, nem branco, nem tinto, nem rosé, com personalidade própria e muita vibração, que vale a pena experimentar.
Ah, o preço! Paguei R$ 54, na adega virtual da Vinunday.