Posto de Saúde de Adamantina passa a contar com aplicativo pioneiro para diagnóstico de transtornos mentais

Programa inovador beneficiará comunidade da Estância Dorigo, Jardim Bela Vista, Jardim dos Poetas e Conjunto Bandeirantes

Empresa prudentina desenvolve aplicativo inovador implantado na ESF da Estância Dorigo (Foto: João Vinícius | Grupo IMPACTO)

A ESF (Estratégia Saúde da Família) da Estância Dorigo, em Adamantina, conta com importante aliado para diagnóstico de transtornos mentais – a tecnologia. Um aplicativo inovador promete auxiliar os médicos do Posto de Saúde no diagnóstico da depressão, ansiedade, transtorno bipolar, dependência de drogas e álcool, transtornos psicóticos, dentre outros.

O programa pioneiro foi implantado pela empresa prudentina Multimídia Educacional, que desenvolve o aplicativo com apoio do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). Outra ESF de Presidente Prudente também conta com projeto piloto.

A ferramenta, que vem sendo criada desde 2.015, será utilizada em tablets por agentes de saúde nas visitas domiciliares, que realizarão triagens por meio de aplicação de questionários e registro das respostas dos participantes. O software encaminha diretamente para o Posto de Saúde os registros com os possíveis casos para que o médico analise e feche o diagnóstico do transtorno mental identificado.

Além de tornar mais prático e preciso este processo, o sistema incluirá, também, orientações básicas para o manejo desses transtornos nesse nível de atenção à saúde.

Os agentes comunitários de saúde da ESF Dorigo já foram capacitados para aplicação da triagem e, desde sexta-feira (11), contam com novos tablets para seu uso no dia a dia. O aplicativo será utilizado até dezembro, beneficiando as comunidades da Estância Dorigo, Jardim Bela Vista, Conjunto Bandeirantes e Jardim dos Poetas.

Os pesquisadores que idealizaram o aplicativo, Alexandre Gigante (Psiquiatra e docente da Faculdade de Medicina da Unoeste), a Mestre em Saúde Pública Luciana Adas, José Eduardo Atílio (psicólogo e estudante de medicina da Unoeste),

Vanessa Favoni (psicóloga clínica), Tiago Dias Furini (Desenvolvedor da Multimídia Educacional) estão confiantes no sucesso do trabalho. Além deles outros colaboradores como os bolsistas de tecnologia da informação que também contribuíram na criação do programa também acreditam que a ferramenta ajudará a promover mais qualidade ao atendimento à saúde mental na atenção básica.

Relevância do projeto

A pesquisa e o aplicativo desenvolvidos são muito importantes visto que os transtornos mentais existem em larga escala e são pouco diagnosticados e tratados na atenção primária à saúde. Quase 50% das pessoas com depressão não recebem tratamento. Este transtorno, em 2.004, já se constituía como a 3ª doença mais onerosa para a sociedade e atualmente é a principal causa de problemas de saúde e incapacidade em todo o mundo. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), mais de 300 milhões de pessoas vivem com depressão, um aumento de mais de 18% entre 2.005 e 2.015.

Ressalta-se, também, que a ausência de suporte às pessoas com transtornos mentais e o medo do estigma são barreiras para muitas pessoas acessarem o tratamento necessário para terem qualidade de vida. Assim, o aplicativo pode contribuir para remover estes obstáculos, tornando mais acessível esse cuidado, possibilitando o reconhecimento precoce dos transtornos e facilitando o tratamento e monitoramento na própria comunidade, sendo o encaminhamento realizado nos casos mais graves.

 

FONTEDA REDAÇÃO | GRUPO IMPACTO
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