Transtornos Mentais poderão ser diagnosticados por meio de aplicativo inovador em Adamantina

Desenvolvido por uma empresa prudentina, a ferramenta será apresentada nesta sexta-feira (11), na ESF da Estância Dorigo

Um aplicativo promete auxiliar médicos generalistas de Adamantina no diagnóstico de transtornos mentais, como depressão, ansiedade, transtorno bipolar, dependência de drogas e álcool, transtornos psicóticos, dentre outros. Desenvolvido pela empresa prudentina Multimídia Educacional, a ferramenta, desenvolvida com o apoio do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), será apresentada nesta sexta-feira (11).

O aplicativo será utilizado em tablets por agentes de saúde nas visitas domiciliares, que realizarão triagens por meio de aplicação de questionários e registro das respostas dos participantes. O software encaminha diretamente para a Unidade de Saúde os registros com os possíveis casos para que o médico analise e feche o diagnóstico do transtorno mental identificado.

Além de tornar mais prático e preciso este processo, o sistema incluirá, também, orientações básicas para o manejo desses transtornos nesse nível de atenção à saúde.

Os agentes da unidade de saúde atendida serão da ESF (Estratégia de Saúde da Família) da Estância Dorigo que já foram capacitados para aplicação da triagem e agora contarão com novos tablets para seu uso no dia a dia.

Os pesquisadores que idealizaram o aplicativo, Alexandre Gigante (Psiquiatra e docente da Faculdade de Medicina da Unoeste), José Eduardo Atílio (psicólogo e estudante de medicina da Unoeste) e Vanessa Favoni (psicóloga clínica) estão confiantes no sucesso do trabalho.

Além deles outros colaboradores como a pesquisadora Mestre em Saúde Pública, Luciana Adas, e os bolsistas de tecnologia da informação que também contribuíram na criação do programa também acreditam que a ferramenta ajudará a promover mais qualidade ao atendimento à saúde mental na atenção básica.

Relevância do projeto

A pesquisa e o aplicativo desenvolvidos são muito importantes visto que os transtornos mentais existem em larga escala e são pouco diagnosticados e tratados na atenção primária à saúde. Quase 50% das pessoas com depressão não recebem tratamento. Este transtorno, em 2.004, já se constituía como a 3ª doença mais onerosa para a sociedade e atualmente é a principal causa de problemas de saúde e incapacidade em todo o mundo.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), mais de 300 milhões de pessoas vivem com depressão, um aumento de mais de 18% entre 2.005 e 2.015.

Ressalta-se, também, que a ausência de suporte às pessoas com transtornos mentais e o medo do estigma são barreiras para muitas pessoas acessarem o tratamento necessário para terem qualidade de vida. Assim, o aplicativo pode contribuir para remover estes obstáculos, tornando mais acessível esse cuidado, possibilitando o reconhecimento precoce dos transtornos e facilitando o tratamento e monitoramento na própria comunidade, sendo o encaminhamento realizado nos casos mais graves.

Conteúdo anteriorIMPACTO: 20 anos, a voz da região
Próximo conteúdoEd Thomas solicita investimentos para mais moradias populares no Oeste Paulista