Ex-vereador questiona legalidade de projeto de lei que isenta atingidos por enchentes de pagar IPTU

Luiz Carlos Galvão, em requerimento encaminhado ao prefeito Márcio Cardim (DEM), solicitou estudos da Secretaria de Assuntos Jurídicos visando o eventual veto do referido projeto

Ex-vereador Luiz Carlos Galvão pede que Executivo vete projeto de lei que isenta atingidos por enchentes de pagar IPTU

Aprovado em segunda discussão na sessão de segunda-feira (2), pela Câmara Municipal, a legalidade do Projeto de Lei Complementar nº 038, de 4 de setembro de 2.017, de autoria dos vereadores Acácio Rocha (DEM) e Alcio Ikeda (Podemos), que concede isenção ou remissão do pagamento do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) aos contribuintes que tiveram imóveis atingidos por inundações ou enchentes, foi questionada dois dias depois, na quarta-feira (4), pelo ex-vereador Luiz Carlos Galvão.

O político, em requerimento encaminhado ao prefeito Márcio Cardim (DEM), solicitou estudos da Secretaria de Assuntos Jurídicos visando o eventual veto do referido projeto.

Galvão explica que, além de inconstitucional, o projeto é prejudicial ao Município. “Se colocado em prática, prejudicará o nosso índice de participação no ICMS [Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias] estadual”, pontua.

O ex-vereador explica que, caso a Administração Municipal renuncie R$ 200 mil, concedendo a isenção, outros R$ 200 mil deixarão de ser arrecadados por meio do repasse do ICMS. “Isto é, o prejuízo seria de R$ 400 mil”, afirma.

Galvão também cita que o projeto de lei não está de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal. “Além de ferir o artigo 14 da Lei de Responsabilidade Fiscal, o projeto não estabelece nenhuma forma de compensação, o que não poderá ser feito por decreto”, assegura. “O ideal não é uma simples compensação através de isenção ou remissão do IPTU, mas a solução do problema que causou eventuais danos”, completa.

Prefeitura

Procurada para se posicionar sobre o requerimento do ex-vereador, a Prefeitura de Adamantina informou que o projeto está com a Procuradoria Jurídica para análise. “A Prefeitura tem prazo de 15 dias para sanção. Assim que houver parecer jurídico, responderemos ao questionamento”.

Acácio e Alcio pontuam legalidade de projeto

FONTEJOÃO VINÍCIUS | GRUPO IMPACTO
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