Pesquisa divulgada na segunda-feira (23) pela Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo), junto com a Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados), traz duas boas e uma má notícia para Adamantina. O município, que está na terceira RA (Região Administrativa) mais pobre do estado de São Paulo, cresceu nos índices de riqueza e longevidade, mais caiu na escolaridade.
Com data de referência o ano de 2.014, o IPRS (Índice Paulista de Responsabilidade Social) avaliou três indicadores: riqueza, longevidade e educação (escolaridade). Em riqueza, o estado de São Paulo atingiu 47 pontos. Já Adamantina obteve 35. Em longevidade, São Paulo alcançou 70 pontos, quanto à cidade conquistou 77. Por fim, em educação, o Estado recebeu 54 pontos e Adamantina 62.
O município foi classificado no Grupo 3, que agrega os lugares com baixos níveis de riqueza e bons indicadores de longevidade e escolaridade. Porém, neste último quesito, a cidade perdeu pontos. Segundo a publicação, a média da proporção de alunos do 5º ano do ensino fundamental da rede pública, que atingiram o nível adequado nas provas de português e matemática, decresceu de 56,5% para 49,8%. E, a média de estudantes do 9º ano, também que atingiram o nível adequado nas provas de português e matemática, caiu de 29,4% para 26,9%.
Em compensação, a riqueza do município aumentou. Um dos itens considerados foi o rendimento médio do emprego formal, que foi de R$ 1.572 para R$ 1.717.
Microrregião
A realidade de Adamantina é melhor que a média dos 14 municípios da microrregião, que teve nove cidades classificadas nos Grupos 4, que compreende cidades com baixos índices de riqueza e apenas um dos indicadores sociais em grau inferior, e 5 – municípios menos favorecidos nas três dimensões do índice.
As cidades piores classificadas foram Flórida Paulista, Irapuru, Mariápolis e Salmourão.
Oeste Paulista
Já a RA de Presidente Prudente, na qual pertencem 12 dos 14 municípios da microrregião de Adamantina, está apenas na frente das regionais de Itapeva e Registro no quesito riqueza.
O presidente da Alesp, Cauê Macris (PSDB), relaciona que, apesar do índice menor, não significa que não há uma boa gestão municipal, pois, em contrapartida, nos dados equivalentes à escolaridade e longevidade, a região se classifica à frente de muitas outras. “Nós temos aqui, na RA de Prudente, a 5ª melhor escolaridade do Estado, além de ser a 8ª melhor posicionada em longevidade. Por serem dois índices importantes, e áreas necessárias para serem levadas em conta como prioridades, há muito que ser comemorado”, analisa.

Índice
O IPRS monitora a evolução das condições de vida da população dos municípios. As informações são fornecidas a cada dois anos aos gestores públicos e podem ser utilizadas para nortear a implementação de políticas públicas em áreas mais vulneráveis.
Os dados foram divulgados em cerimônia realizada em Presidente Prudente, que contou com a presença de prefeitos da região, entre eles o de Adamantina, Márcio Cardim (DEM). “O IPRS pode ser utilizado para nortear a implantação de políticas públicas em áreas mais vulneráveis. Foi muito importante aos municípios a elaboração deste material pela Assembleia Legislativa do estado de São Paulo”, comenta Cardim.