Prefeitura de Adamantina divulga nota sobre caso suspeito de meningococcemia em criança

Criança, de 7 anos, aluna da escola Eurico, está internada em Marília com suspeita da doença

Criança adamantinense está hospitalizada na unidade materno-infantil do Hospital das Clínicas, de Marília (Foto: Reprodução TV TEM)

A Prefeitura de Adamantina, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, divulgou nota na tarde segunda-feira (23), sobre o caso de uma criança, de 7 anos, com suspeita de meningococcemia. Devido seu quadro clínico, a aluna da escola municipal Eurico Leite de Moraes foi transferida para o Hospital Materno Infantil de Marília em 17 de outubro, onde permanece internada.

A doença

Em nota divulgada a imprensa, a Secretaria explica que a doença “meningocócica é uma infecção bacteriana aguda, rapidamente fatal, causada pela Neisseria meningitidis. Esta bactéria pode causar inflamação nas membranas que revestem o sistema nervoso central (meningite) e infecção generalizada (meningococcemia). Existem 13 sorogrupos identificados de N. meningitidis, porém os que mais frequentemente causam doença são o A, o B, o C, o Y e o W135”, pontua.

Ainda, segundo a Pasta, estima-se a ocorrência de pelo menos 500 mil casos de doença meningocócica por ano no mundo, com cerca de 50 mil óbitos. “É uma doença de evolução rápida e com alta letalidade, que varia de 7 até 70%. Mesmo em países com assistência médica adequada, a meningococcemia pode ter uma letalidade de até 40%. Geralmente acomete crianças e adultos jovens, mas em situações epidêmicas, a doença pode atingir pessoas de todas as faixas etárias”, explica a Secretaria de Saúde.

Cerca de 10% dos adolescentes e adultos são portadores assintomáticos da bactéria na orofaringe (garganta) e podem transmitir a bactéria, mesmo sem adoecer. “A bactéria é transmitida de uma pessoa para outra pela secreção respiratória (gotículas de saliva, espirro, tosse). Geralmente, após a transmissão, a bactéria permanece na orofaringe do indivíduo receptor por curto período e acaba sendo eliminada pelos próprios mecanismos de defesa do organismo. Desta forma, a condição de portador assintomático tende a ser transitória, embora possa se estender por períodos prolongados de meses a até mais de um ano”.

Em menos de 1% dos indivíduos infectados, contudo, a bactéria consegue penetrar na mucosa respiratória e atinge a corrente sanguínea levando ao aparecimento da doença meningocócica, explica a Secretaria de Saúde. “A invasão geralmente ocorre nos primeiros cinco dias após o contágio. Os fatores que determinam o aparecimento de doença invasiva ainda não são totalmente esclarecidos”.

O risco de doença meningocócica é mais significativo apenas para pessoas que tiveram contato muito próximo com uma pessoa infectada (portadora assintomática ou doente). “Quando se detecta um novo caso (doente), admite-se que entre seus contactantes próximos, possam existir um ou mais portadores assintomáticos e, eventualmente, um outro indivíduo susceptível, que à semelhança do doente já identificado, possa adoecer gravemente (vítima potencial)”.

A Secretaria enfatiza que a prevenção imediata da ocorrência de novos casos é feita através do tratamento profilático com antibióticos (quimioprofilaxia) de todos os contactantes próximos do indivíduo doente, visando à eliminação da bactéria da nasofaringe dos portadores.

Medidas

“Desta forma, seguindo as orientações do GVE (Grupo de Vigilância Epidemiológica) de Marília, a Secretaria de Saúde através da Vigilância Epidemiológica realizou a quimioprofilaxia nas crianças da classe e nos professores da sala, na família e alguns parentes que tiveram contato próximo com a criança”, se posicionou a Prefeitura.

A Secretaria de Saúde informou ainda que não há necessidade de fechamento da escola, pois a transmissão é por secreção respiratória. “A Vigilância Epidemiológica orientou também a direção da unidade escolar a ficarem alerta as crianças expostas para quaisquer sintomas á procurar a unidade básica de saúde”.

“O caso ainda continua como suspeito, pois ainda não saiu o resultado do liquor para comprovação do diagnóstico”, finaliza a nota.

FONTEDA REDAÇÃO | GRUPO IMPACTO
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