Guimarães Rosa nos encanta, caro leitor, ao poetizar que leitura “é vereda para o infinito”… Se não a única, a mais importante! Somente ela possibilita o homem a penetrar no recôndito da alma, desenvolver o imaginário, o maravilhoso. E ser sujeito ativo da própria História.
Mesmo depois dos 90, pode-se estar ativo neurológica e psicologicamente, assegura Piaget com seu processo do constante equilíbrio – desiquilíbrio. Para uma vida mental saudável, intensa.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Então, ler o quê? O riso e o choro, as rugas da anciã, o corpo, a TV, o mapa, a música, o filme, a dança, o teatro, o tempo. Voz e natureza. Jornal, revista, Van Gogh, cruzada, receita de bolo e a bula. A mão, diria a cigana. Discurso político, canto gregoriano, poesia de Drummond, Mia Couto, MaiaKóvsK, Brecht, Bandeira, Fernando Pessoa, E de Cecília, Cora Coralina. Vidas Secas, Grande Sertão: Veredas, D. Quixote, A Divina Comédia, as Pollyanas, o Pequeno Príncipe. Do texto “infanto-juvenil”. De Shakspeare, Buñuel, Chaplin, Adam Smith, encíclicas, Gramschi, do papa.
Também o cordel, a lista telefônica a cruzada, o gibi, a bíblia. Emoções, sonhos, utopias, códigos, gestos, sinais. As lentes de Sebastião Salgueiro. Leitura espontânea, prazerosa. Prosa e poesia. Do Kitsch e do não-Kitsch. Unívoca ou plurívoca, ensina-nos Umberto Eco.
Em Adamantina, as UEs estaduais e as municipais constituem exemplos de incentivo à leitura dos paradidáticos. Acervos enriquecidos, animadores e contadores de História (João Passarinho à frente), ajudam a se fomentar o santo hábito de leitura.. Também as EMEIs, a biblioteca e a UniFAI, afora as UEs particulares, viabilizam ricos espaços e acervos
Em geral, ganha-se ou se perde o leitor até os 13 anos. Ler, minimamente, uma hora por dia, para encantar-se e encantar o mundo. Para que, valha-nos, Cecília Meireles, reinventada, a vida seja possível …