13º salário deve injetar até R$ 18,7 milhões na economia de Adamantina

O estudo inédito do Sincomercio Nova Alta Paulista, em parceria com a FecomercioSP, tem como base os dados da Relação Anual de Informações sociais e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados

Economia de Adamantina será beneficiada com o pagamento do 13º salário (Foto: Arquivo | Grupo IMPACTO)

O 13º salário dos trabalhadores formais de Adamantina deve injetar até R$ 18,7 milhões na economia local no final de 2.017. O estudo inédito do Sincomercio Nova Alta Paulista (Sindicato do Comércio Varejista), em parceria com a FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), tem como base os dados da Rais (Relação Anual de Informações sociais) e do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

Segundo as Entidades, é importante frisar que a injeção monetária do 13º é um alento aos consumidores e empresários, principalmente em períodos de reação econômica, como o atual. “O benefício favorece consumidores a regularizarem dívidas, em atraso ou não, e a retomar o consumo. Além disso, o 13°é o responsável pelo Natal ser a principal data especial do varejo. Ele faz, normalmente, o comércio varejista vender até 30% a mais em dezembro do que a média dos outros meses, garantindo maior giro de caixa e, também, de estoques, algo essencial em todos os momentos, mas principalmente após um período de retração”, avalia o assessor econômico da FecomercioSP, Jaime Vasconcellos.

O montante previsto foi calculado a partir da massa salarial paga aos 10.275 mil trabalhadores com carteira assinada da cidade que iniciaram esse ano, somado ao saldo da massa de salários, e representa um aumento de 5,9% em relação ao impacto aferido em 2.016. As Entidades ressaltam que no cálculo não foram considerados os recursos recebidos pelos aposentados e pensionistas já que, nestes casos, boa parte do 13º foi pago antecipadamente.

“Em verdade, é sabido que o pagamento do 13º salário deve ser feito pelo empregador em duas parcelas. A Lei 4.749, de 12/08/1965, determina que a primeira seja paga entre o dia 1º de fevereiro até o dia 30 de novembro. Já a segunda parcela deve ser paga até o dia 20 de dezembro, tendo como base de cálculo o salário de dezembro menos o valor adiantado na primeira parcela”, explica a assessora administrativa da FecomercioSP, Márcia Maria Batista.

Como usar seu 13º salário?

IMPACTO – Para onde vai o 13º salário?

FecomercioSP – Em dezembro, o varejo fatura de 20% a 30% a mais do que a média dos outros meses do ano. Isso ocorre, pois, cerca de 1/3 do décimo terceiro salário é destinado ao consumo, principalmente na compra de presentes e ceia de Natal e Reveillon. O restante é dividido entre o pagamento de dívidas (em atraso ou não) e uma menor parte para uma poupança prévia.

IMPACTO – Qual a melhor forma de aproveitar o 13º salário?

FecomercioSP – Para otimizar o uso dos recursos provenientes do 13º, o primeiro passo é fazer uma avaliação criteriosa do orçamento doméstico atentando-se para o nível de comprometimento da renda com o pagamento de dívidas (que deve ser de no máximo 30%) e se a pessoa já está inadimplente ou altamente endividada, o 13º salário deve ser destinado ao pagamento de débitos. O pagamento de dívidas do cheque especial e do rotativo do cartão de crédito deve ser priorizado já que essa modalidade de crédito cobram as maiores taxas de juros do mercado.

Para outros tipos de dívidas, o consumidor pode aproveitar e negociar sua quitação à vista e, desta forma, conquistar descontos. Para as famílias que não possuem débitos que comprometam mais de 30% da renda familiar, a melhor alternativa para o salário adicional é poupar. Neste caso, 13º pode dar uma boa folga no orçamento familiar a partir de janeiro, quando chegam “Dívidas de Verão”, como IPVA, IPTU, material e matrícula escolar e também as viagens de férias.

Segundo o que manda a cartilha da economia doméstica, o consumo fica em última opção, porém sabemos que alguns prazeres a vida não podem ser mensurados, e a compra e troca de presentes no período do Natal é um exemplo. Além disso, o consumo é responsável por grande parte da formação de riqueza do país e é imprescindível ao crescimento do mesmo. Desta forma, o consumidor precisa estipular o quanto pode gastar e ser rígido com este patamar. Avaliar no papel, e antes de sair às compras, é um ato essencial para não perder controle na hora da aquisição dos presentes.

Na mídia, nessa época do ano, existe um aumento de propagandas que estimulam o consumidor a gastar o 13º dando entrada na compra de automóveis, imóveis ou investimentos de valores mais altos. Usar esse “dinheiro extra” para esse tipo de negociação é uma boa opção?

FecomercioSP – Todo fim de ano as concessionárias iniciam os programas de descontos para aquisição do carro 0 km. A intenção das fabricantes é liquidar o estoque do ano que está acabando. Para aquisição de automóveis novos e até mesmo da casa própria, o 13º salário torna-se uma porta de entrada à formação de dívidas de médio e longo prazo. Como citado acima, o consumo deve ser a última opção para quem detém de dívidas em atraso ou que comprometam mais de 30% da renda familiar. No caso especial de aquisição de mercadorias com maior valor agregado, e que necessitam de crédito para sua aquisição, é importante ter um bom montante para dar a entrada, e assim diminuir o valor pago de juros no financiamento. Assim, para a aquisição de bens duráveis, recomenda-se que o 13º salário seja um complemento de uma reserva financeira já acumulada pela família anteriormente.

FONTEDA REDAÇÃO | GRUPO IMPACTO
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