Parafraseando o poeta Drummond: É dentro de cada um de nós que o Ano-Novo cochila e espera desde sempre. É preciso querer e fazer por merecê-lo novo… Ser e coexistir; não meramente ter, estar.
Numa visão cristocêntrica, não há lugar apenas para o eu. “O homem somente se salva no eu”, ensinou-nos Santo Agostinho. Ou, se quisermos o metafísico, em nós, não prescinde da gênese espiritual, divina como filosofou Teilhard de Chardin, ainda tão atual. Por consequência, o homem possui capacidade infinita de renascer holisticamente, mudar-se e mudar, transformar. De vir-a-ser no mundo. Não é este, meu caro leitor-autor, o caminho que também nos mostra Jacques Maritain, em o Humanismo Integral, obra de cabeceira de vários papas, teólogos e até leitura de muitos antropocentristas?
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Claro que o luzidio das árvores, os presentes, o champanha, o peru, o leitão, o carneiro, a bela praia são atraentes, convidativos. Mas, por si sós, não significam resultados diferentes dos obtidos no passado. Da mesmice, da alma pequena! Reinventar-se no cosmos é preciso!
Que cada um crie sua própria receita a fim de que 2.018 lhe sejam realmente novo. Um ano de construção da Paz e do Bem. De práticas cidadãs, belos sonhos, utopias e justas realizações. Pessoal e comunitariamente.
Sejamos, no ano novo, um pouco sal, azeite, trigo, tijolo da base! Um pouco, não muito pouco, criatura à imagem e semelhança do Criador!