
O prédio de Prefeitura de Marília (SP) foi esvaziado na manhã desta segunda-feira (2), depois que funcionários relataram um tremor na estrutura.
A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros foram acionados e interditaram o imóvel, que deve passar por um avaliação da estrutura ainda nesta tarde.
Os funcionários relataram que por volta das 10h30 sentiram a estrutura tremer, principalmente nos andares mais alto, o sexto e o sétimo andar do prédio. Cerca de 200 funcionários trabalham no local.

“Estamos aguardando agora o laudo do engenheiro responsável para ver se o prédio pode ser liberado para o pessoal trabalhar no período da tarde. De forma preliminar não encontramos nenhuma anormalidade no prédio, mas só com o laudo do engenheiro vamos poder avaliar se houve algum dano à estrutura”, explica o responsável pela Defesa Civil, Luiz Soares.
Os tremores também foram sentidos em um prédio no Jardim Panorama, na zona sul de Bauru e em Assis, um prédio de uma empresa de informática também foi evacuado. Não há registro de pessoas feridas.
Segundo o Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB), o tremor foi reflexo de um terremoto de magnitude 6,8 ocorrido na Bolívia. Os abalos também foram sentidos na Avenida Paulista, em São Paulo, em Santos, e no Rio Grande do Sul.
“É um tremor considerável, mas ainda não sabemos de estragos no Brasil e na Bolívia. Qualquer tremor assim tem reflexos. Por isso, as pessoas sentiram aqui”, disse o professor da UnB George Sand França.

Segunda vez
Esta foi a segunda vez que o prédio da Prefeitura de Marília, na Rua Bahia, área central da cidade, precisou ser evacuado por causa de relatos de tremores. Em fevereiro do ano passado, os servidores também tiveram que deixar o local na manhã do dia 21.
O prédio passou por uma vistoria na época e nenhum problema estrutural foi encontrado, segundo o Corpo de Bombeiros. Na ocasião a causa do tremor em Marília também foi um abalo na Bolívia.