
Oito dos noves vereadores de Adamantina se manifestaram contrários à Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental – ADPF 442, impetrada pelo Psol (Partido Socialismo e Liberdade) no STF (Supremo Tribunal Federal). O partido alega que os dispositivos, que criminalizam o aborto provocado pela gestante ou realizado com sua autorização, violam os princípios e direitos fundamentais garantidos na Constituição Federal. O tema ganhou alcance nacional nos últimos dias devido às audiências públicas que vêm sendo realizadas recentemente pelo STF para discutir o aborto.
A Moção de Protesto, contrária ao “seu intento de descriminalizar o aborto até a 12ª semana de gestação por representar verdadeiro e injustificável atentado contra a vida e os direitos do nascituro”, foi aprovada na sessão ordinária de 7 de agosto pelos vereadores Hélio José dos Santos, Aguinaldo Pires Galvão, Alcio Roberto Ikeda Junior, Eder do Nascimento Ruete, Eduardo Rodrigues Fiorillo, João Davoli, Maria de Lourdes Santos Gil e Paulo César Cervelheira de Oliveira.
E, nesta segunda-feira (27), durante posse da nova diretoria do PAI (Polo de Atividades Integradas), que agora é coordenada pela comunidade católica de Adamantina, os parlamentares entregaram o documento aprovado ao Bispo Diocesano Dom Luiz Antônio Cipollini.
“É algo simples, que às vezes passa sem se notar”, pontuou o religioso. “Todas as pessoas que são a favor do aborto já nasceram, já tiveram direito a vida. Todos que são a favor do aborto tiveram o direito a vida garantida, nasceram! Então é para se pensar, que o direito que a mulher tem sobre seu corpo é importante, mas também [o direito] da criança [é importante]. Aquela criança já não é tão parte do corpo da mulher, é um novo ser que está ali. Então agradeço ao Poder Legislativo que está sensível a esta questão tão fundamental. Se tivermos o direito de tirar a vida de um inocente, o que vai nos impedir de tirar a vida do adulto? É para uma reflexão muito séria”, questionou Dom Luiz.
