Vereador mais votado na eleição de 2016, Eder Ruete (DEM) foi escolhido para comandar o Legislativo municipal para o biênio 2019/20. A definição foi em sessão extraordinária na sexta-feira (23).
A eleição definiu apenas novatos, vereadores de primeiro mandato, para os cargos da Mesa Diretora. O vice-presidente será João Davoli (PV), 1º secretário: Paulo Cervelheira (PV), e 2º secretário: Alcio Ikeda (Podemos).
O resultado – sete votos a favor de Ruete, quase unânime – pode ser considerado uma surpresa, já que dias antes da escolha existiam outros dois postulantes a comandar a Casa de Leis: Dinha Santos Gil (DEM) e João Davoli, demonstrando uma Câmara dividida.
Para o novo presidente a eleição traz unidade ao Legislativo. “Temos que buscar a união entre os vereadores. Discordar, sempre que necessário, mas todos em unidade visando à construção de uma cidade melhor”, diz.
Líder atual do prefeito Márcio Cardim (DEM), Ruete deixa o posto no próximo biênio, mas acredita que a articulação com Executivo é uma das funções do presidente da Câmara.
“Temos que fazer política, não politicagem. Não pode haver troca dentro dos poderes, o toma lá dá cá. Em minha opinião, o vereador tem que ser atendido pelo prefeito pela qualidade das ideias e reivindicações. Nós, parlamentares, somos representantes de diferentes pontos da cidade, representamos o povo. Por isso o prefeito tem que atender devido à legitimidade da reivindicação, a necessidade do pedido, já que são demandas da população, não porque o Edinho é legal ou por ajudar na aprovação dos projetos”, afirma.
Ainda, em entrevista ao IMPACTO, o vereador diz que pretende melhorar a articulação com Márcio Cardim. “Se o que for proposto pelo Executivo tiver coerência, se a maioria dos vereadores considerar que é algo de extrema necessidade, com certeza terá apoio da Mesa Diretora. Por isso temos que melhorar o diálogo entre os poderes”, afirma.
Ruete pontua ainda que deve haver uma atuação mais eficaz em problemas envolvendo o cotidiano na população. “Temos que atuar nos problemas resolvíveis, as questões cotidianas que afligem a população, que é o mato, atenção básica da saúde, medicamento no posto. É cedo para cravarmos que é uma boa ou má administração. Vejo muitos secretários empenhados, os problemas vão se resolvendo. Mas tem questões que me preocupam muito, como o falta de zeladoria com a cidade e os problemas envolvendo mortalidade infantil, dengue e Leishmaniose”, finaliza Eder Ruete.