
Jesus de Nazaré foi a personalidade mais importante que surgiu no cenário da ação humana, representando Sua parte no palco da vida. Ninguém lhe compara na profundeza do caráter, na largueza de alma, na amplitude de interesses, ou na excelência da influência. Ele é a figura mais proeminente que já palmilhou as estradas poeirentas da vida, ou galgou as encostas escarpadas, íngremes da terra.
Jesus é a Grande Figura Central de todos os tempos. Ele divide a história em duas partes – a.C. (antes de Cristo), e d.C. (depois de Cristo).
É um desafio à nossa imaginação verificar que uma criança tenha nascido num lar tão humilde; que o lar se situasse num vilarejo obscuro; que o vilarejo se localizasse num país tão insignificante e pequeno – e, contudo surgisse daquele lar humilde, daquele vilarejo obscuro, e daquela naçãozinha Alguém cujo impacto da personalidade dinâmica fosse modificar todo o curso da história, revolucionando a filosofia, derrubando governos, revitalizando a religião, e transformando os homens.
Sua mãe era de origem humilde, e vivia na mais desprezada das cidades, Nazaré, de onde jamais viera coisa boa. Ele, porém, tornou-se a Fonte de todo o bem.
Nasceu numa manjedoura emprestada, na pequena cidade de Belém. Viveu apenas trinta e três brevíssimos anos. Nasceu judeu – desprezado, submisso, ignóbil. Seu imperador era César, que governou um grande império terreno; mal, porém, sabia César que surgiria Alguém para fundar um Reino maior em território, mais amplo em escopo, mais excelente nos objetivos e, que haveria de perdurar quando os monumentos mais majestosos, e os mais suntuosos palácios de Roma já tivessem desmoronado no pó e no esquecimento.
Alexandre, o Grande, que viveu três séculos e meio antes de Jesus, conquistou o mundo e criou um império colossal. Ele e Jesus tinham algumas coisas em comum. Ambos iniciaram suas carreiras muito jovens, e ambos as terminaram prematuramente, com a idade de trinta e três anos.
Alexandre nasceu em uma mansão – Jesus numa manjedoura.
Alexandre era filho de um rei – Jesus, filho de um carpinteiro.
Alexandre viveu e morreu para si mesmo; Jesus viveu e morreu para e pelos outros.
Alexandre morreu adorado como rei, num trono; Jesus morreu sendo motivo de zombaria como rei, numa cruz. A vida de Alexandre era vista como um grande êxito; a vida de Jesus parecia um sombrio fracasso. Alexandre derramou o sangue de milhões para seu próprio proveito; Jesus derramou o seu próprio sangue para a salvação de milhões.
Alexandre procurou ganhar a sua própria vida, para perdê-la com a morte; Jesus deu a Sua vida para encontrá-la outra vez, após a morte.
Alexandre morreu na Babilônia, em esplendor; Jesus morreu no Calvário, em vergonha.
Alexandre se fez Deus, mas era homem; Jesus se fez homem, mas era Deus.
Alexandre ganhou tudo que havia sobre a terra, mas perdeu o céu; Jesus perdeu tudo o que tinha sobre a terra, mas ganhou o céu para todos.
Alexandre morreu para sempre; Jesus vive para sempre. Aleluia!