A falta de planejamento no trânsito incomoda motoristas, pedestres e ciclistas. Os problemas nascem e crescem na desorganização urbana, na falta de um projeto viário definitivo capaz de mudar radicalmente o trânsito em Adamantina. Mas, até quando isso vai continuar assim?
Uma reunião em 31 de outubro de 2018 trouxe a expectativa para resolução dos problemas de mobilidade urbana e tráfego. Porém, em resposta ao questionamento do IMPACTO, a AEAANAP (Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos da Nova Alta Paulista) informou que ainda aguarda dados da Prefeitura de Adamantina para que um especialista em trânsito verifique o panorama local e traça medidas e metas para solução dos entraves.
Com apoio do Crea-SP (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo), o profissional em Segurança do Trânsito e consultor independente em Engenharia de Tráfego e Transporte, Horácio Augusto Figueira, esteve na cidade e fez análise preliminar da situação, o que resultou na reunião de 31 de outubro com a presença de membros do Ministério Público, Prefeitura, Câmara Municipal, OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Sincomercio Nova Alta Paulista (Sindicato do Comércio Varejista), Polícia Militar e UniFAI (Centro Universitário de Adamantina).
O objetivo era que o renomado especialista passasse alguns dias em Adamantina para realizar levantamento de dados para entender o sistema viário da cidade e verificar as demandas das entidades representativas, como do setor varejista, que há pelo menos 10 anos busca mudanças no centro, o que ainda não foi viabilizado passado 72 dias.
“O comércio é a área que mais emprega em Adamantina, gera impostos e renda para as famílias. Por isso, há necessidade de políticas públicas, como mudanças efetivas no trânsito, que contribuam para melhores resultados”, diz o presidente do Sincomercio Nova Alta Paulista, Sérgio Vanderlei.
Há dois anos, a FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) divulgou pesquisa em que 50% dos empresários apontam a falta de estacionamento na área central como principal problema enfrentado pelo comércio de Adamantina, ressaltando a importância da mobilização da Associação dos Engenheiros.
O IMPACTO também questionou a Administração Municipal. Em nota, a assessoria de imprensa informou que a Secretaria de Planejamento, por meio do Departamento de Trânsito Municipal, está realizando o levantamento das informações necessárias para a elaboração do projeto.
Depois de coletados os dados, será desenvolvido a proposta técnica, que levará em consideração as demandas do Município para as próximas décadas.
