Seccional faz balanço e ressalta números positivos da microrregião

Apesar de ressaltar os números positivos da atuação da Polícia Civil, que favorecem o posicionamento regional no ranking das localidades com menores índices de violência, ele é categórico: “isso não pode ser uma desculpa para que o crime possa progredir"

Delegado seccional Carlos Roberto Vasconcelos (Foto: João Vinícius | Grupo IMPACTO)

Em balanço ao IMPACTO o delegado seccional Carlos Roberto Vasconcelos ressaltou que a microrregião de Adamantina continua sendo a mais segura do estado de São Paulo, segundo dados divulgados pela SSP (Secretaria de Segurança Pública).

Apesar de ressaltar os números positivos da atuação da Polícia Civil, que favorecem o posicionamento regional no ranking das localidades com menores índices de violência, ele é categórico: “isso não pode ser uma desculpa para que o crime possa progredir, mas, sim, servir de estímulo para que eles diminuam ainda mais”.

De acordo com a autoridade policial, responsável por 21 delegacias em 12 municípios, no ano passado foram elaboradas 8596 ocorrências, instaurados 2015 inquéritos policiais, lavrados 445 flagrantes, esclarecidos 814 casos de crimes de autoria desconhecida, cumpridos 1932 cartas precatórios, expedidos 6500 registros de identidade e 591 atestados de antecedentes criminais e encaminhados 2074 inquéritos ao Poder Judiciário.

“Quanto aos números é preciso entender que em matéria de segurança pública nós gostaríamos que o crime acabasse, mas sendo ele um fenômeno social existente em todos os lugares do mundo, o que temos em nossa região são aceitáveis. Nosso índice de esclarecimento de crimes de autoria desconhecido é também significativamente alto se comparado ao Estado”, ressalta o Seccional.

Os crimes mais registrados na região, ainda segundo a Polícia Civil, são de ameaça (489 casos), lesão corporal (376), tráfico de drogas (338), acidentes de trânsito com vítimas (238) e ocorrências não criminais (1528).

“A polícia teve e sempre terá um papel de extrema importância no trabalho de Segurança Pública. É missão constitucional da Polícia Civil a investigação criminal. Nós sabemos que a persecução penal se inicia nas Delegacias de Polícia. Portanto, se o trabalho é bem feito logo no início nós facilitaremos a atuação dos demais entes nesse processo, ou seja, do Ministério Público e do Judiciário”, pontua.

Ainda, no balanço de atividades do ano passado, o delegado seccional destaca as principais ocorrências que tiveram atuação da Polícia Civil, como vários casos de estupro investigados pelas duas Delegacias de Defesa da Mulher. “Quase sempre esses crimes ocorrem no seio familiar”, alerta.

Houve esclarecimento de danos ao cemitério de Osvaldo Cruz, operações policiais voltadas contra o tráfico de drogas em Pacaembu em parceria com a Polícia Militar, prisão de estelionatários que aplicavam golpe do bilhete premiado na microrregião e, nesta semana, a prisão de jovem que matou o avô de Sagres, além de ter se escondido e fugido para outro estado. O suspeito do crime foi detido pela Polícia Civil.

“No ano de 2018, nós tivemos uma mudança muito grande em nossa forma de trabalho, eis que fazíamos nossos Inquéritos de forma digitada e imprensa, agora eles estão sendo feitos de forma eletrônica, sem a necessidade de papéis, sendo encaminhados ao Poder Judiciário de forma digital. Houve necessidade de capacitação de todos para essa mudança e também novos equipamentos e plataformas”, destaca o delegado, que ressalta ainda: “as pessoas também passaram a registrar, com maior frequência, os crimes na Delegacia Eletrônica”.

“Por fim, citar o importante trabalho do NECRIM (Núcleo Especial Criminal). Tem um papel importante na resolução de conflitos, para que fatos de menor importância não abarrote o Poder Judiciário com infrações de menor importância. No ano de 2018 foram feitas 147 audiências conciliação com as partes presentes na Delegacia e 137 delas resultaram em conciliação. Esse trabalho e conciliação é importantíssimo para sociedade e tem sido feito com maestria pela Polícia Civil”.

Para 2019, os policiais civis vivem a expectativa da inauguração da nova sede da Delegacia Seccional, em Adamantina. “Era para que nós já tivéssemos nos transferido para lá. Todavia, houve um problema com a estrutura da garagem que já está sendo corrigido e, em breve, nos ocuparemos o novo prédio, que será fundamental para que a sociedade possa ser melhor atendida e os policiais tenham uma sede mais apropriada para desenvolverem seus trabalhos”.

Também para este ano o Seccional pretende aprimorar o trabalho investigativo, voltado ao combate aos crimes de corrupção, organizado e lavagem de dinheiro. “Nós queremos atender melhor toda sociedade, diminuindo o tempo no registro de nossas ocorrências, melhorar nossa estrutura de trabalho, recompor nossos quadros de policiais e recapacitar nossos policiais para uma gama de legislação editada recentemente, que visa uma maior proteção das mulheres, crianças e adolescentes”.

Ainda, sobre nova legislação, agora referente a regulamentação do registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição no país, o delegado avalia com cautela. “Sabemos que a maior parte da sociedade é a favor da posse de arma de fogo, todavia, isso deve ser feito com muita responsabilidade. Primeiro a pessoa deve estar preparada para utilizar uma arma de fogo (capacitação). Em um segundo momento, ela precisa bem cuidar dessa arma para que não caia em mãos erradas e alimenta a criminalidade. Nem sempre é recomendável reagir a um assalto, eis que nem mesmo os policiais devem fazê-lo sem a devida segurança”.

O delegado finaliza dando recomendações para a população evitar crimes comuns na microrregião. “Atenção e cuidado com seus pertences; manter sua casa trancada e não abrir para pessoas estranhas; sempre que possível instale sistemas que inibam a ação de bandidos dentro de casa; formem grupos de atuação contra criminosos nos bairros; caso viaje, peça a um amigo para cuidas de sua casa, além de avisar a polícia; atenção às pessoas que estiveram ao seu redor; sempre comunique a Polícia sobre movimentação estranha de pessoas; nunca deixa as chaves na moto ou no interior de veículos estacionados; faça saques em caixas eletrônicos somente se houver necessidade; e, novamente, nunca reaja a assaltos”, finaliza.

FONTEJOÃO VINÍCIUS | GRUPO IMPACTO
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