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domingo, 6 julho, 2025

Entidades continuam luta para reverter decisão do Estado sobre tratamentos de câncer

Mudança no tratamento oncológico: abaixo-assinado da Rede de Combate ao Câncer busca sensibilizar Estado

A luta de entidades que representam os pacientes em tratamento de câncer, em decorrência do posicionamento do Governo do Estado que mudou a dinâmica do atendimento oncológico, teve novas batalhas nesta semana. As Redes de Combate ao Câncer de Adamantina e Osvaldo Cruz promoveram reuniões de sensibilização visando garantir um tratamento adequado aos pacientes da região.

Em Osvaldo Cruz um encontro com representantes do Hospital de Barretos trouxe novas esperanças, na segunda-feira (4). Um acordo foi firmado entre o hospital e as entidades, que serão a porta de entrada aos atendidos.

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“Não alteramos a política de atendimento aos pacientes, desde que eles sejam encaminhados pelo Sistema Único de Saúde. No Hospital de Amor de Barretos ninguém paga nada para ser atendido. Orientamos as pessoas necessitadas que procurem as Redes de Combate ao Câncer, porque eles estão orientados em como fazer o encaminhamento”, orientou Celso Silveira, analista de captação de recursos da região para o Hospital de Amor.

O vereador Luis Ricardo Spada Bonfim (PSDB), o Bitinha, de Osvaldo Cruz, destacou que, mesmo diante da sinalização do hospital de Barretos, ainda há caminhos a serem percorridos em termos de negociação com o Governo do Estado. “A Amnap [Associação dos Municípios da Nova Alta Paulista] está com essa bandeira, a de saber o porquê da mudança na sistemática de encaminhamento dos pacientes. O Hospital Amaral Carvalho de Jaú não aceita encaminhamentos diretos das entidades de voluntários sem passar pela Cros, a central de regulação de vagas”, destacou o parlamentar.

Mobilizações em Adamantina

Já na terça-feira (5), representantes da Rede de Combate ao Câncer de Adamantina se reuniram com o prefeito Márcio Cardim (DEM), secretário de Saúde Gustavo Taniguchi Rufino, que estava acompanhado do enfermeiro Clayton Gomes Cavaco, e com os vereadores Eder Ruete (presidente da Câmara), Acácio Rocha, Aguinaldo Galvão e Eduardo Fiorillo, todos do DEM, e Alcio Ikeda (Podemos).

A presidente da entidade, Radige Mostafa Spósito, expôs a situação às autoridades municipais, os impactos da decisão tomada pelo Governo do Estado e os riscos de desassistência imediata aos pacientes com câncer da cidade e região.

Ficou definido no encontro que haverá duas mobilizações, uma política com intuito de sensibilizar e pressionar autoridades estaduais para mudança de posição, e outra da sociedade, que poderá expor o descontentamento por meio de abaixo-assinado.

O abaixo-assinado pode ser encontro na sede da Rede de Combate ao Câncer e com voluntários.

Nova dinâmica de atendimento

Os novos pacientes diagnosticados com câncer na região não farão mais tratamento nos hospitais de Barretos e Jaú, referências na área. A decisão é do governo do estado de São Paulo, que agora encaminha os atendidos para Rede Hebe Camargo de Combate ao Câncer, nas cidades de Tupã, Marília, Assis e Ourinhos.

Com isso, os encaminhamentos ficam condicionados à fila de espera (central de regulação de vagas), do DRS de Marília (Departamento Regional de Saúde).

Com informações do Ocnet

Voluntários e pacientes se reúnem com representante do Hospital de Amor, de Barretos, na cidade de Osvaldo Cruz (Foto: Reprodução | Ocnet)
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