Diversos segmentos da sociedade civil organizada, instituições e o poder público local de Adamantina estiveram reunidos no final da tarde da última sexta-feira (8), para fortalecer a mobilização que busca garantir o atendimento a pacientes com câncer, de Adamantina e região, junto a hospitais de referência como o Amaral Carvalho, em Jaú, e o Hospital do Amor, em Barretos.
Recente decisão da Secretaria Estadual de Saúde fixou nova dinâmica de atendimento aos pacientes com câncer moradores nas cidades jurisdicionadas ao Departamento Regional de Saúde (DRS) de Marília, que agora ficam sujeitos à Central de Regulação de Vagas (CROS), e cujos atendimentos passam a ser realizados em Tupã, Marília e Ourinhos, dentro da Rede Hebe Camargo.
O encontro da última sexta-feira foi mobilizado pela Loja Maçônica Architetos da Luz, que abriu suas portas e articulou com as demais lojas maçônicas da cidade, clubes de serviço, clubes de serviço, poder público, instituições e organizações da sociedade civil adamantinenses. Na oportunidade, após a abertura dos trabalhos, a reunião passou a ser dirigida pela presidente da Rede de Combate ao Câncer, Radige Mostafa Bernardo Spósito, que detalhou os impactos da decisão da Secretaria Estadual de Saúde, sobretudo os riscos à vida, e a limitação às oportunidades de cura da doença, com a limitação dos atendimentos e encaminhamentos.
Uma das decisões resultantes desse encontro, ocorrido na Loja Maçônica Architetos da Luz, foi a realização de uma manifestação formal, da Rede de Combate ao Câncer, assinada conjuntamente pelo maior número possível de representantes de instituições locais, dos diversos segmentos, a ser encaminhada ao governador João Dória, ao secretário estadual de saúde José Henrique Germann Ferreira, ao presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo deputado Cauê Macris e ao prefeito de Adamantina Márcio Cardim. Esses encaminhamentos devem ocorrer ainda nesta semana.
O texto final do documento pede ao governo de SP a reversão da medida e o imediato restabelecimento de canais de atendimento para pacientes oncológicos de Adamantina e região junto a hospitais de referência, como Jaú e Barretos.
E na impossibilidade da reversão desse cenário, o texto pede às autoridades que seja estabelecido um cronograma para que isso ocorra, e nesse período, se façam todos os investimentos necessários, em corpo médico, equipamentos e tecnologia, em Marília, e que essa migração ocorra após a consolidação dessas melhorias, consideradas imprescindíveis para que os pacientes da região tenham oportunidade de cura e vida.
Abaixo assinado também mobiliza moradores
Outra decisão tomada pela Rede de Combate ao Câncer de Adamantina foi anunciada na terça-feira (5), da semana passada, após reunião realizada no gabinete do prefeito Márcio Cardim, com representantes dos poderes executivo e legislativo. A partir desse encontro foi desencadeado um abaixo assinado, com formulário distribuído pelas redes sociais, que criou uma importante mobilização entre os moradores, empresas, lideranças e instituições, que fizeram a impressão do formulário para a coleta de assinaturas da população.
O abaixo assinado, com as assinaturas, já está sendo recebido e contabilizado pela Rede, e também vai ter encaminhamento às autoridades estaduais.
As mudanças
Para os moradores de cidades da região, ligadas ao Departamento Regional de Saúde (DRS) de Marília, os atendimentos a pacientes oncológicos passam a ser concentrados em Tupã, Marília e Ourinhos. A decisão foi tomada pela Secretaria Estadual de Saúde.
Essa nova determinação impede os encaminhamentos de pacientes, pela Rede de Combate ao Câncer, e pela própria Secretaria Municipal de Saúde, a hospitais de referência, como o Amaral Carvalho, em Jaú, e o Hospital do Amor, em Barretos.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, os pacientes oncológicos da Nova Alta Paulista e demais cidades da DRS de Marília, que procuram a rede pública de saúde, pelo SUS, em busca de tratamento para o câncer, agora são atendidos por meio da Rede Hebe Camargo de Combate ao Câncer, do Governo do Estado.
Para isso, os encaminhamentos ficam condicionados à fila de espera (central de regulação de vagas), do DRS de Marília.