Os servidores da Prefeitura de Adamantina e da UniFAI (Centro Universitário de Adamantina) terão reajuste salarial de 4,61%, retroativo a 1º de março. A porcentagem é maior que a proposta inicial da gestão municipal enviado à Câmara, de 4,5%, e abaixo da pretensão dos vereadores e do Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais), de 10%.
As tratativas sobre o reajuste tiveram inicio em 4 de fevereiro. Em meados do mês passado, a Câmara realizou levantamento que considerou favorável o aumento de 10% aos servidores municipais, porcentagem também defendida pelo Sindicato dos Servidores.
Em 11 de março, a Prefeitura enviou projeto de lei ao Legislativo com o índice de 4,5%, que não chegou a ser lido na sessão daquela data. O presidente da Câmara, Eder Ruete (DEM), disse na época que era necessário uma discussão mais ampla, entre vereadores, o Sindicato e a Prefeitura, para a definição de um reajuste que atenda da melhor forma possível o funcionalismo municipal.
O Sindserv também protocolou documento questionando os valores propostos pelo prefeito Márcio Cardim (DEM) e equipe.
Após novas discussões, um novo projeto foi enviado à Câmara, com revisão de 3,4%, para recuperação das perdas apuradas no último ano, acrescidos do reajuste de 1,17021%, que ao final representam 4,61% de aumento.
“Fomos cobrados, por funcionários municipais, de que deveríamos ter atuado para um percentual maior. A essas pessoas, disse e reafirmo que tomei posições e tive enfrentamentos em favor da categoria, dentro de um cenário de responsabilidade fiscal que permitisse um índice maior. Fiz minhas colocações, fui claro na defesa do servidor, mas temos um limitador: não podemos apresentar um projeto de lei ou qualquer emenda ao projeto de lei enviado pelo Executivo, no sentido de permitir um reajuste maior. Nesse tema podemos sugerir, recomendar, e no âmbito das discussões, debater. A propositura, nesse tema, é prerrogativa exclusiva do prefeito”, justificou o vereador Acácio Rocha (DEM), em sua rede social, após as duas votações, realizadas em sessões extraordinárias na segunda-feira (25), e terça-feira (26).
A gestão municipal expôs na mensagem do projeto de lei que a folha de pagamento, com o reajuste, vai representar 51,12% da receita corrente líquida, “próximo do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal”.