O homem surgiu na África e de lá se espalhou para toda a terra, daí chamarmos o continente de mama África.
O vinho não surgiu na África, mas atualmente, a África produz bons vinhos reconhecidos mundialmente.
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Esses vinhos são originários da África do Sul, país onde existe duas regiões produtoras: Western Cape e Northern Cape e várias sub regiões.
Os sul africanos são grandes produtores de vinhos brancos, mas também produzem tintos de qualidade. A uva tinta emblemática da África do Sul é a Pinotage, que gera vinhos ricos, condimentados, com aromas de petróleo, característico dessa cepa. As outras principais variedades tintas são a Cabernet Sauvignon e a Syrah.
Não é tão comum encontrar vinhos da África do Sul e os exemplares disponíveis nas gôndulas dos supermercados geralmente são de qualidade inferior, por isso é preciso garimpar para encontrar um bom vinho a preço acessível.
O vinho que ilustra a coluna desta semana chama-se The Wolftrap (literalmente, armadilha de lobos, em homenagem aos pioneiros da região que fizeram uma armadilha quando lá chegaram, por isso tem um lobo estampado no rótulo), é um tinto blend, com 86% de Syrah, 13% de Mourvédre e 1% de Viognier (uva branca), safra 2016.
Produzido na região de Western Cape, mais precisamente em Franschhoek, por Boekenhoutskloof, um dos mais respeitados produtores do país, o vinho ostenta no rótulo a expressão “wine of origin” que faz parte do sistema de classificação dos vinhos sul africanos e é uma garantia de qualidade.
Com 14,5% de volume do álcool, envelhecido por 12 meses em carvalho francês o vinho apresenta cor rubi brilhante, aromas de especiarias, como pimenta do reino e noz moscada. Na boca é picante, uma tipicidade da uva Syrah, com sabor de geleia de frutas vermelhas, corpo médio, vibrante, seco e com final levemente amargo. Um vinho muito saboroso e fácil de beber, com boa relação qualidade/preço, na casa de dois dígitos de real.
Indicado para acompanhar carnes vermelhas e massas, harmoniza também com tábua de frios, a opção que escolhi e que deu muito certo.
Ah! Os vinhos sul africanos são sempre fechados com tampa de rosca (metal), porém isso não quer dizer que o vinho seja ruim, é apenas uma estratégia para diminuir o preço final do produto.
O mundo do vinho permite isso: uma viagem pelo mundo e o contato com produtos e o trabalho de produtores das mais diversas regiões, experimentando a tipicidade que distingue cada lugar.
Fica o convite para você degustar um vinho sul africano.
Onde comprar: mistral.com.br